A Betano, uma das patrocinadoras da Copa América, que está sendo disputada nos Estados Unidos, aproveitou o torneio para realizar ativações voltadas aos países latino-americanos em que atua, principalmente Brasil, Argentina e México, vistos como os mercados mais promissores na região. Além desses, a empresa também está presente em Peru, Chile, Canadá e Equador.
A plataforma de apostas contou com exposição de marca em placas de led, backdrop de entrevistas e envelopou o banco de reservas dos estádios da competição, como o Allegiant Stadium, em Las Vegas, palco do confronto das quartas de final entre Brasil e Uruguai.
Para ampliar essa visibilidade, a empresa levou um grupo de influenciadores para assistir aos jogos e postar conteúdos variados em collabs de seus canais pessoais com os da empresa. Nessa ação, a Betano focou principalmente no Instagram e TikTok, redes em que mais dialoga de forma mais intensa com a geração Z, para trazer repercussão com os torcedores e possíveis clientes.
Flavia Bandoni, Fernanda Colombo, Luana Zucoloto, Victor Canedo, Kaike Nagai e Beto Oliver foram os convidados para essa ativação representando a torcida brasileira. Havia ações semelhantes com influenciadores de outros países.
Desse grupo de brasileiros, Flavia, Kaike e Fernanda permanecem nos Estados Unidos até a final, no próximo domingo, entre Argentina e Colômbia, mesmo com a eliminação do Brasi para os uruguaios nos pênaltis no último sábado (6).
Fora dos EUA
Curiosamente, a Betano não fez nenhuma ação de engajamento com torcedores no próprio país-sede da competição. Como não atua nos Estados Unidos, não houve interesse da plataforma de apostas em ativar o torneio em solo norte-americano.
Nos Estados Unidos há ainda um outro entrave para esse tipo de ação. Cada estado tem aunomia de legislação para o setor, seja para permitir ou não apostas e até cobrança de impostos. Assim, para atuar em cada estado é necessária a outorga local e não é possível aceitar apostas de um cliente de fora do estado em que tem permissão de atuar.
Essa dificuldade de atuar em todo o país é vista como o principal entrave para o desenvolvimento pleno do mercado norte-americano de apostas. Atualmente, o Reino Unido, com legislação unificada, assim como o Brasil, é o principal mercado do planeta no setor.
Brasil
O Brasil, por sinal, é visto pela empresa como um mercado promissor para expansão dos negócios. O país, que tem as chamadas apostas de cota fixa liberadas desde o final de 2018, no governo de Michel Temer, sancionou a regulamentação do setor apenas no final do ano passado, já durante o governo Lula, após cinco anos de insegurança jurídica para empresas e apostadores.
Portarias editadas pelo Ministério da Fazenda no primeiro semestre de 2024 estabeleceram as regras para a regularização das empresas. A Betano é uma das casas de apostas que já manifestou interesse em atuar no Brasil de maneira legalizada, tendo enviado documentação para que isso ocorresse dentro do prazo mínimo estabelecido pelo governo federal.
Apenas quem estiver com CNPJ nacional após 1º de janeiro de 2025 poderá fazer publicidade e propaganda do segmento no Brasil. Atualmente, a empresa conta com grandes investimentos em marketing, detendo os naming rights da Série A do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, além do patrocínio máster do Atlético-MG.
No início do ano, a empresa encerrou parceria semelhante com o Fluminense, que assinou com a Superbet, mesma parceira do São Paulo.
Mercado nacional
Os investimentos da empresa no país mostram o interesse em atuar de maneira nacional, em contraste com marcas que focaram em mercados regionais. Essa estratégia coloca a empresa como uma das mais lembradas pelos brasileiros no segmento.
Em recente pesquisa feita pela Opinion Box encomendada pelo Resenha Digital Clube, a Betano foi a segunda marca mais lembrada pelo público, com 64%. A líder foi a Bet365, cuja estratégia de marketing é totalmente focada em mídia e no digital, com 66%.
Abaixo delas ficaram Sportingbet (49%), Blaze (40%), 1XBet (35%), EstrelaBet (34%), Betfair (32%), BetWay (17%), Bodog (13%) e Novibet (12%). No levantamento, o público podia citar mais de uma empresa.
*O jornalista viajou a convite da Betano