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Brasileirão 2026 pode ter 40% dos clubes com mudança no patrocínio máster

Por enquanto, única mudança confirmada é a do Cruzeiro, que passará a estampar a logomarca da Betnacional no lugar da Betfair

Cruzeiro enfrenta o Corinthians no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil - Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Cruzeiro enfrenta o Corinthians no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil - Gustavo Aleixo / Cruzeiro

A Série A do Campeonato Brasileiro poderá ter mudanças no patrocínio máster de até 40% dos clubes em 2026. Por enquanto, a única mudança confirmada foi a do Cruzeiro, que deixará de usar Betfair e passará a estampar Betnacional no espaço mais nobre da camisa. Ambas as marcas de apostas pertencem à Flutter Brazil, que decidiu reorganizar sua estratégia no mercado brasileiro.

A Betfair, por sua vez, deve desaparecer da primeira divisão do futebol nacional, já que o contrato com o Vasco, com remuneração de R$ 70 milhões, vencerá no final deste ano e não deve ser renovado. O time cruz-maltino permanece em busca de um novo parceiro para o espaço principal do uniforme.

Renegociação

O Corinthians é um dos clubes que renegocia valores com seu atual parceiro de camisa. Após o Flamengo anunciar em agosto um contrato com a Betano por R$ 268 milhões por temporada, o time do Parque São Jorge decidiu pedir um reajuste ao Esportes da Sorte.

As conversas seguem, mas ainda pode haver uma mudança no patrocínio máster. O clube, porém, descartou uma proposta da Responsa Gamming Brasil Limitada para criar a TimãoBet. O clube avaliou a empresa como pouco confiável para assinar um contrato com valores significativos.

A diretoria do clube está temerosa em embarcar em novas aventuras após acordos com marcas como VaideBet e Taunsa, que geraram arranhões na imagem do clube.

Outros times que renegociam acordos são Coritiba e Chapecoense. Como subiram de divisão, as equipes sulistas querem um aumento de remuneração para manterem os atuais vínculos com Reals e Aurora, respectivamente.

Caso Alfa

Divulgado no início do ano como o maior contrato de patrocínio da história de Grêmio e Internacional, a Alfa virou uma dor de cabeça para os rivais gaúchos. Pelo acordo, válido por três temporadas, cada clube receberia ao menos R$ 50 milhões por ano.

No entanto, as parcelas começaram a atrasar. O Tricolor decidiu então rescindir o contrato no início de dezembro. O time jogou as duas últimas partidas do Campeonato Brasileiro com outra casa de apostas na camisa, a pouco conhecida EnergiaBet, em um acordo pontual.

No momento, o Imortal negocia com algumas marcas quem poderá ocupar o espaço nobre da camisa na próxima temporada.

Já o Internacional não se manifestou publicamente sobre os atrasos da atual parceira comercial. Segundo a Máquina do Esporte apurou, o Colorado ainda não tomou uma decisão sobre o tema.

Manutenção

Quem manterá os parceiros atuais conta, em geral, com contratos longevos. O Red Bull Bragantino, claro, é o maior deles, já que a Red Bull, que ocupa esse espaço na camisa, é a dona do time. Mas há outros clubes que possuem estabilidade na principal propriedade da camisa.

É o caso do Fluminense com Superbet (até 2030), Flamengo com Betano (2028) e um grupo maior, formado por Atlético-MG (H2bet), Botafogo (VBet), Palmeiras (Sportingbet), São Paulo (Superbet) e Vitória (7K), todos com vínculos até 2027.

O próximo ano é o último do acordo de Athletico-PR e Bahia (Viva Sorte Bet) e Santos (7K). No caso do Peixe, porém, o vínculo terminará em abril, um indicativo de que mais uma equipe da primeira divisão pode trocar de patrocinador máster.

O Mirassol é o único clube que mantém em segredo qual será seu parceiro principal no ano que vem. Nesta temporada, o clube contou com duas marcas com destaque no uniforme: Poty e 7K.

Apesar de expor sua logomarca mais abaixo na parte da frente da camisa, a casa de apostas é considerada a patrocinadora máster, já que é a empresa que aporta mais dinheiro à equipe.