Campeãs do futebol feminino fazem ação por representatividade no universo gamer

Campeã da Copa América no último fim de semana após uma vitória por 1 a 0 sobre as anfitriãs colombianas, a seleção brasileira de futebol feminino voltou ao Brasil com o troféu na bagagem e também com ainda mais moral para reforçar a ação pelo aumento da representatividade das mulheres no esporte. Destaques do time de Pia Sundhage, nomes como Tamires, Bia Zaneratto, Maria Eduarda, Adriana e Ary Borges deram início ao movimento #BotaElasnoJogo.

Para levantar a bandeira da representatividade do futebol feminino, as jogadoras tiveram seus nomes trocados nas redes sociais e nas camisetas, assim como acontece nos jogos de videogame, para reforçar a importância de trazer jogadoras reais para o game. Para elas, a falta de representatividade nesse universo colabora para a falta de visibilidade da modalidade.

Atualmente, não é possível encontrar nenhuma das jogadoras femininas porque os avatares disponíveis nos games são de nomes e rostos inventados. A situação é totalmente diferente do universo masculino, que contempla muitos jogadores, com nomes e rostos reais.

“Não é muito louco pensar que nenhuma das jogadoras brasileiras está representada nos jogos de videogame de futebol? Os nomes e rostos disponíveis nos jogos são inventados, nenhum representa as jogadoras reais. Isso está diretamente ligado com a falta de visibilidade do futebol feminino. Com o movimento #BotaElasnoJogo queremos dar a importância que nossa modalidade merece”, explicou Tamires.

“A invisibilização feminina é um problema estrutural que deixa mulheres sem nome e sem rosto nos games e no mundo. Entender que o que existe ali são rostos e nomes inventados, reforça a importância de levantarmos bandeiras para o futebol feminino ter a repercussão que merece. Estamos em campo e precisamos que essa representatividade esteja em todos os lugares, inclusive nos games”, acrescentou Bia Zaneratto.

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