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CBF confirma transformação da Portuguesa em SAF

Com aval, investidores poderão receber premiações e cotas de TV em torneios oficiais, como o Paulistão

Poste no Canindé em campanha favorável à SAF - Reprodução / Instagram @portuguêsoficial

Poste próximo ao Estádio do Canindé ganhou adesivo favorável à SAF - Reprodução / Instagram (@portuguesaoficial)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou o pedido de homologação da Portuguesa para a transformação do clube associativo em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Com a oficialização, a Portuguesa SAF herdará os ativos do futebol da Associação Portuguesa de Desportos, como o registro na Federação Paulista de Futebol (FPF) e na própria CBF.

Além disso, passa a ser titular dos direitos econômicos e federativos de seus atletas e das premiações e cotas de direitos de TV da Portuguesa em suas participações em torneios oficiais da CBF e FPF.

“Essa homologação é um marco para nós e traduz a vontade dos nossos torcedores, que nos apoiam desde o início do projeto. Temos segurança jurídica para seguir trabalhando na reconstrução da Portuguesa”, afirmou Alex Bourgeois, sócio-investidor e presidente da Portuguesa SAF.

O contrato da SAF lusitana foi assinado em 29 de novembro de 2024, após aprovação no Conselho Deliberativo e na Assembleia Geral do clube.

No entanto, houve um imbróglio jurídico antes da efetivação da passagem dos ativos do clube para os investidores, que adquiriram uma participação de 70% na SAF da Lusa.

Após a aprovação da negociação da SAF pela Assembleia de Sócios, Marcos Rogério Lico, presidente do órgão, escreveu na ata que a venda retornasse ao Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), que é um órgão consultivo, não decisório.

Lico alegou que era necessário fazer alguns ajustes em relação a ressalvas que haviam sido levantadas. Os investidores capitaneados pela Tauá Partners, por sua vez, alegaram que esses questionamentos já haviam sido respondidos.

Após pressionar o clube dizendo que poderiam deixar o negócio, os investidores conseguiram que Lico retificasse a ata, retirando esse trecho. Contudo, o novo documento não foi aceito pelo cartório, inviabilizando a iniciativa.

Foi necessária então a realização de uma nova Assembleia de sócios, em março, que aprovaram o negócio com quase unanimidade: 113 sócios favoráveis de 116 associados que votaram.