A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou uma representação à Fifa em protesto contra os atos racistas sofridos pelo zagueiro Robert Renan, da seleção brasileira, durante o jogo contra a Tunísia, nesta quarta-feira (31), pelas oitavas de final da Copa do Mundo Sub-20, que está sendo disputada na Argentina.
O Brasil venceu por 4 a 1 e se classificou para as quartas de final para enfrentar Israel. O zagueiro do Zenit, da Rússia, fez falta para parar um ataque promissor da Tunísia e acabou levando o cartão vermelho.
Ao deixar o gramado no Estádio Ciudad de La Plata, Robert foi provocado pela torcida local. Nas redes sociais, o brasileiro foi novamente vítima de insultos racistas. Os perfis foram protocolados pela CBF e serão enviados à Justiça da Argentina e à Fifa com o pedido de punição.
Racismo
No último fim de semana, a entidade lançou uma campanha de combate ao racismo, durante a rodada do Brasileirão, com a frase: “Com racismo não tem jogo”. O movimento teve apoio dos atletas e da arbitragem. A ação aconteceu após o caso de racismo sofrido por Vinícius Júnior, do Real Madrid, em um jogo contra o Valencia, no Estádio Mestalla, pelo Campeonato Espanhol.
A CBF adotou no Regulamento Geral de Competições (RGC) a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023, em fevereiro.
Desde o ano passado, a confederação fez uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. Em agosto, a entidade realizou o primeiro Seminário de Combate ao Racismo no Futebol e conta com um Grupo de Trabalho que discute de forma permanente o assunto.