Uma medida anunciada na última semana pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) promete criar muitas dores de cabeça aos clubes que disputam a Série B do Brasileirão. A entidade enviou um comunicado solicitando que os times ostentem em seus uniformes um patch com o nome completo da competição.
O grande drama na exigência reside no fato de que os namings rights da Série B do Brasileirão pertencem a uma casa de apostas, a Betano. A entidade que comanda o futebol brasileiro quer que os clubes da segunda divisão do Campeonato Brasileiro utilizem a marca da empresa de apostas, que comprou os direitos de nome do torneio.
Segundo o site GE, os clubes da Série B do Brasileirão teriam sido notificados pela CBF com a exigência de utilizarem a publicidade da empresa, que é concorrente dos patrocinadores dos clubes do campeonato. Todos os 20 times possuem parcerias com outras empresas de apostas esportivas, sendo que 13 deles ostentam o patrocínio no espaço máster.
O ofício que causou desconforto nos clubes incluía a orientação sobre como aplicar o patch com a logomarca da Betano. De acordo com o comunicado, o símbolo da empresa de apostas esportivas deveria ser estampado na manga direita da camisa de cada time.
O documento é datado da última terça-feira (2) e assinado pelo diretor de competições da entidade, Julio Avellar, e a gerente jurídica, Regina Sampaio. Os clubes foram informados de que os patches seriam enviados pela Brax, empresa que detém os direitos de transmissão da Série B do Brasileirão.
A exibição da marca Betano por meio do patch com o nome da competição coloca os clubes em choque com seus próprios patrocinadores da área de apostas esportivas. Em muitos casos, os contratos são de exclusividade, situação que cria um imbróglio e tanto para os times.
A justificativa utilizada pela CBF no documento polêmico é de que essa medida controversa ajudaria a valorizar a competição, “mediante a padronização da identidade visual da Série B em conformidade com as demais competições nacionais organizadas por essa entidade”.