Chefe de comitê do Catar 2022 critica apoio britânico a fundo para indenizar trabalhadores

O CEO do Comitê Supremo de Entrega e Legado, entidade que organiza a Copa do Mundo do Catar 2022, Al Khater, disse que Inglaterra e País de Gales deveriam se concentrar na preparação de suas seleções para o torneio em vez de exigir indenizações aos trabalhadores que tiveram direitos humanos desrespeitados.

“Este é um torneio esportivo, que as pessoas querem vir e curtir. Transformar isso em uma plataforma de declarações políticas não acho certo para o esporte”, criticou Nasser Al Khater, em entrevista à Sky Sports.

O Catar será o primeiro país do Oriente Médio a receber uma edição da Copa do Mundo. No entanto, a escolha da sede do evento foi fortemente criticada por conta do local ter um histórico de violação aos direitos humanos e trabalhistas.

Além disso, ONGs de direitos humanos, que depois receberam apoio de algumas federações nacionais, pediram à Fifa que os organizadores do torneio destinem um fundo de US$ 440 milhões para indenizar os trabalhadores migrantes que tiveram direitos trabalhistas desrespeitados durante as obras de construção de estádios e infraestrutura do país para receber o Mundial da Fifa. O valor é o mesmo destinado à premiação das seleções que disputarão a Copa do Mundo.

“Muitas pessoas que falam sobre essa questão do bem-estar dos trabalhadores não são especialistas no setor. Eles não são especialistas no que estão falando. E eu sinto que eles se sentem obrigados, que precisam falar. Acho que eles precisam realmente ler e se educar um pouco mais sobre o que está acontecendo no Catar”

Nasser Al Khater, CEO do Comitê Supremo de Entrega e Legado

Além da questão trabalhista, alguns países também exigem que a comunidade LGBT+ também seja respeitada. Por causa disso, os capitães das seleções de Inglaterra e País de Gales pretendem usar braçadeiras coloridas durante a competição, com uma mensagem de apoio à causa. 

Al Khater disse que, independentemente da orientação sexual, todos os torcedores serão bem-vindos ao Catar.

“Tudo o que pedimos é que as pessoas respeitem a cultura”, comentou o dirigente.

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