Enquanto muitos clubes ingleses aproveitam ao máximo os meses que restam antes da proibição final dos patrocínios de empresa de apostas on-line na Premier League (que passará a vigorar em 2026/2027), o Chelsea decidiu dizer não ao acordo milionário com a Stake, que seria válido para a temporada 2023/2024.
Segundo o jornal britânico The Telegraph, a equipe de Londres descartou uma proposta de acordo com a empresa de apostas on-line, que pretendia se tornar a nova patrocinadora do clube.
Em junho deste ano, a imprensa do Reino Unido noticiou que o Chelsea estava em vias de assinar contrato com a Stake, que seria válido por uma temporada. Embora valores oficiais não tenham sido divulgados, a expectativa era de que ele alcançasse cifras similares ao que o Chelsea recebia da Three, de cerca de £ 40 milhões ao ano.
O Chelsea optou por abandonar as negociações e agora conversa com outras empresas. A rejeição ao contrato não se deve a nenhum problema específico com a Stake, mas sim ao ramo em que ela atua, o de apostas.
Pesquisa
Pesquisa realizada pelo Chelsea Supporters’ Trust (CST) concluiu que 77% dos torcedores do clube discordam em parte ou totalmente do acordo com esse tipo de empresa.
A CST também declarou que tal acordo representaria um “escárnio total” em relação ao trabalho que a fundação tem feito, em especial as oficinas de conscientização realizadas em escolas no oeste de Londres, sobre os danos ocasionados pelo jogo.
“Entendemos o desejo do Chelsea de maximizar os fluxos de receita em todo o clube”, afirmou CST. “Embora aceitemos que isso aconteça, não deve ocorrer à custa dos valores do clube”.
Caso o acordo com a Stake tivesse vingado, o patrocínio ao Chelsea representaria o segundo da empresa na Premier League. Seu primeiro contrato na liga inglesa foi firmado com o Everton, em 2022/2023, no valor de £ 10 milhões anuais.