As autoridades chinesas anunciaram, nesta terça-feira (10), punições a 61 pessoas envolvidas em um esquema criminoso que envolve práticas como jogos de azar (que são proibidos no país), manipulação de resultados em partidas de futebol e suborno.
A decisão foi comunicada em uma coletiva de imprensa realizada pela Administração Geral de Esportes da República Popular da China e o Ministério da Segurança Pública do país.
O escândalo vem sendo investigado desde 2022 e já resultou nas prisões de 128 pessoas. A operação desmantelou 12 gangues envolvidas em jogo ilegal, além de promover 83 medidas coercitivas contra suspeitos das práticas consideradas criminosas, entre jogadores, árbitros, treinadores e gerentes de clubes.
Ao todo, 120 partidas teriam sido manipuladas pelo esquema criminoso. As autoridades da China decidiram banir do futebol, de maneira vitalícia, 44 jogadores, sendo que 34 deles foram condenados à prisão.
Punições
Entre os atletas banidos para sempre dos gramados está o meia Jing Jingdao, que atuava pelo Shandong Taishan e que chegou a defender a seleção chinesa, entre 2011 e 2021, atuando em 18 partidas e marcando um gol.
Outros 17 jogadores foram proibidos de se envolver, pelo período de cinco anos, com qualquer atividade relacionada ao futebol no país.
Esse tipo de situação não é nova na China. Shen Liuxi, ex-jogador do Hangzhou Greentown, que já havia sido condenado a uma proibição vitalícia de se envolver em qualquer atividade relacionada ao futebol em 2013, até hoje não se declarou arrependido dessa prática.
Durante a coletiva, o representante da Associação Chinesa de Futebol disse que os casos de manipulação e de jogos de azar “serão tratados com seriedade e não serão tolerados”.
A Administração Geral de Esportes da China declarou que “trabalhará ativamente com o Ministério da Segurança Pública para corrigir seriamente o problema do ‘jogo falso’ na liga de futebol profissional e interromper resolutamente a disseminação” da prática ilegal no país.