O Santos firmou, nesta semana, um contrato com a EXA Capital, empresa fundada por Pedro Mesquita e que, no fim do ano passado, participou da negociação envolvendo a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Paulista, de Jundiaí (SP).
A parceria tem o objetivo de auxiliar na estruturação financeira do clube, a partir da implementação de processos e práticas de gestão, reestruturação dos passivos e adequação do fluxo de caixa.
Atualmente, o passivo circulante da dívida do Santos, que envolve as contas mais imediatas, chegou a R$ 437 milhões. Já o não circulante, que diz respeito aos débitos de longo prazo, está em R$ 539 milhões.
Em 2024, quando disputou a Série B do Brasileirão (situação que impactou suas receitas), o Santos precisou destinar um total de R$ 126 milhões para o pagamento de dívidas com ex-atletas, treinadores e transfer ban (punição administrativa imposta pela Fifa aos clubes que deixaram de quitar valores referentes a transferências internacionais). Esses débitos, de acordo com o comunicado à imprensa, seriam de gestões anteriores.
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, afirmou que o clube vive um momento de reconstrução e, para isso, é necessário ter uma gestão financeira sólida e bem estruturada.
“A parceria com a EXA Capital será fundamental para organizarmos nossas finanças, renegociarmos compromissos e garantirmos um fluxo de caixa equilibrado. Nosso objetivo é fazer do Santos um clube cada vez mais sustentável e competitivo, dentro e fora de campo”, disse o dirigente, que retornou ao cargo no início do ano passado.
Além de auxiliar no processo de reestruturação financeira do Santos, a EXA também atuará no planejamento estratégico de longo prazo do clube, visando a promover o incremento de receita e melhorar a estrutura de custos. O objetivo é agregar valor à marca do time, de forma sustentável, fomentando o crescimento de faturamento e melhoria na qualidade do lucro.
“Estamos trabalhando para conectar a vitoriosa história desportiva do Santos com práticas, rotinas e métodos avançados de gestão empresarial. O nível de competitividade da indústria exige do Santos uma nova cultura de trabalho e profissionalismo. Somente assim brigaremos por títulos de maneira recorrente”, afirmou Pedro Martins, CEO do Santos.