Com Premier League e FA interessadas, Superliga Feminina da Inglaterra quer renegociar direitos comerciais

Superliga Feminina da Inglaterra conta com 12 clubes na primeira divisão - Reprodução / X (@BarclaysWSL)

A Superliga Feminina da Inglaterra (Women’s Super League ou simplesmente WSL) anunciou, nesta segunda-feira (27), que pretende renegociar os direitos comerciais da liga, incluindo a primeira e a segunda divisões locais.

Um grupo de clubes da Premier League (cuja lista não foi revelada) está se movimentando para formalizar uma proposta de investimento de risco na WSL. A ideia é concentrar investimentos nas operações comerciais da liga, em detrimento do pagamento direto para participar da competição.

Por outro lado, a Federação de Futebol da Inglaterra (FA), atual entidade responsável pela gestão da primeira divisão do futebol feminino inglês, está planejando a criação de uma nova empresa independente (conhecida como Newco) para supervisionar tanto a WSL quanto a segunda divisão.

A expectativa é que essa nova entidade da FA entre em operação já na próxima temporada e seja financiada com um empréstimo de £ 15 milhões (cerca de R$ 92,5 milhões, na cotação atual).

A FA confirmou à Bloomberg que “várias opções estão sendo analisadas” e que buscará as alternativas “mais vantajosas para o desenvolvimento sustentável e expansão” do esporte. Embora a possibilidade de financiamento pela Premier League (ou em conjunto entre ambas) esteja em discussão, trata-se de uma opção considerada menos provável.

Impasse

Em setembro, o diário britânico Daily Mail relatou que a FA havia solicitado aproximadamente £ 25 milhões aos times da Premier League para estabelecer uma WSL “aprimorada” a partir da temporada 2024/2025. No entanto, a maioria dos clubes ainda não tinha chegado a um consenso.

Uma votação separada, realizada na terça-feira passada (21), chegou a discutir a concessão de um empréstimo sem juros de £ 20 milhões (R$ 123 milhões, na cotação atual) da Premier League ao futebol feminino, o que também não ocorreu.

De acordo com a Sky Sports, os 12 clubes da primeira divisão da WSL formalizaram um comunicado para a FA, dizendo que desejam fazer parte do plano da nova empresa. Os termos do acordo e as propostas para a estrutura do novo negócio são escassos, mas incluem uma participação de 25% na receita comercial das ligas combinadas.

No último mês de setembro, Dawn Airey, que preside a WSL, afirmou que queria que a WSL se tornasse a primeira competição feminina a atingir £ 1 bilhão em receita em uma década.

“Esse não é um número que simplesmente inventamos, é baseado em um plano de negócios bastante decente e detalhado para os próximos dez anos”, disse Airey.

“Olhamos para o crescimento do público, para o crescimento do engajamento e das transmissões, para o aumento do interesse nas oportunidades de patrocínio e marketing, e então começamos a ser mais imaginativos sobre o que frequentar um jogo feminino significa, não apenas assistir ao jogo, mas tudo que acontece ao redor. Há potencial para os clubes pensarem de maneira diferente sobre suas receitas”, acrescentou a presidente.

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