Pular para o conteúdo

Conselho Deliberativo do Avaí aprova criação de SAF

Marcada para a próxima quinta-feira (18), assembleia de sócios examinará a proposta; expectativa é atrair investidores e sanear as finanças

Torcida do Avaí, no estádio da Ressacada, em Florianópolis, durante jogo contra o Remo, pela Série B - Fabiano Rateke/Avaí

Torcida do Avaí comparece ao Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC), no duelo contra o Remo, pela Série B - Fabiano Rateke / Avaí

O Conselho Deliberativo do Avaí aprovou, em uma reunião realizada nesta terça-feira (16), a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A proposta ainda precisa ser confirmada em uma assembleia de sócios marcada para a próxima quinta-feira (18).

A nova estrutura jurídica será integralmente administrada pelo Avaí, sem a venda de participação a investidores ou qualquer envolvimento do patrimônio do clube. Até porque, no momento, não há nenhuma proposta oficial para a compra da possível futura SAF do clube.

O presidente eleito, Bernardo Pessi, lembrou que o tema já vem sendo discutido no Avaí há alguns anos e, caso apareça alguma proposta, ela será levada à votação para os torcedores.

Finanças

A aprovação da SAF acontece em um contexto de muitos desafios econômicos vividos pelo Avaí, que neste ano disputou a Série B do Campeonato Brasileiro.

O balancete referente ao terceiro trimestre de 2025, o último divulgado pelo clube, mostra que o time encerrou o período com déficit líquido de R$ 63,5 milhões, ampliando em 56,8% o resultado negativo em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo deficitário já havia sido alto: R$ 40,5 milhões.

Apesar de um crescimento nas receitas líquidas, que passaram de R$ 31,7 milhões para R$ 36,1 milhões, os custos e despesas administrativas se mantiveram elevados.

Houve ainda o impacto da recompra de 5% dos direitos comerciais que haviam sido negociados com o grupo de investidores da Liga Forte União (LFU). Nessa transação, o Avaí gastou R$ 24,1 milhões.

O patrimônio líquido acumulado do clube também se deteriorou, passando de R$ 91,7 milhões negativos em 2024 para R$ 154,6 milhões negativos em 2025 (aumento de 58,6%).

O cenário reforça a necessidade de novas alternativas de captação de recursos e de ajustes na gestão financeira, pontos que a criação da SAF busca endereçar. A expectativa é de que a nova estrutura jurídica permita ao clube atrair investidores para sanear a frágil situação econômica atual.