Com menos de um mês para o início da Copa do Mundo Feminina 2023, que será disputada entre 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia, a Nike lançou a primeira chuteira da marca voltada para o público feminino no mercado brasileiro. O modelo Phantom Luna foi apresentado em uma campanha com a atacante Debinha, que foi convocada para o Mundial.
Para a produção do calçado, a Nike reimaginou a tração para as mulheres. Uma jogadora de elite pode correr mais de 11km ao longo de uma partida de 90 minutos, e as mudanças de direção que elas fazem em alta velocidade (determinadas pela tração de giro da chuteira) ajudam a decidir o placar.
Dessa forma, a Phantom Luna foi projetada com um padrão circular de travas próximas aos dedos. Batizado de Nike Cyclone 360, esse padrão permite que as jogadoras se movimentem com mais agilidade, precisão e confiança no gramado.
Os pés das mulheres são, na média, menores que os dos homens. Por isso, elas precisam de mais regiões de toque na bola, de modo a assegurar controle e precisão. Sabendo disso, a marca aplicou no novo modelo a tecnologia Nike Gripknit, com o objetivo de trazer uma conexão melhor entre a chuteira e a bola.
“Desde a pesquisa até o design, passando pela etapa de testes, as jogadoras estiveram sempre no centro do processo. Com a Phantom Luna, a Nike oferece uma chuteira que foi cuidadosamente desenhada para elas, trazendo um novo padrão circular de travas, assim como ajuste. A chuteira ajuda as atletas a se moverem com precisão e confiança quando estão em campo”, disse Elysia Davis, pesquisadora-chefe do Nike Sport Research Lab (Laboratório de Pesquisa Esportiva da Nike).
Estratégia
Com o lançamento da Phantom Luna no mercado brasileiro, a Nike busca aumentar a sua conexão com o futebol feminino por meio de um produto personalizado e com uma narrativa focada no desempenho das mulheres.
Potencializado pela Copa do Mundo Feminina, esse storytelling cria um diferencial para o lado comercial do modelo, uma vez que o público feminino terá a opção de adquirir uma chuteira criada para mulheres e divulgada por jogadoras, o que era muito raro de se encontrar no mercado até então.
Com isso, a Nike tenta se tornar uma ponte entre a fã praticante da modalidade e as jogadoras, já que o produto da marca ajuda a aumentar e fortalecer a identificação das mulheres com suas referências no futebol.
Além disso, na estratégia da marca norte-americana, o movimento ajuda na expansão do futebol feminino porque, assim como um menino quer usar a chuteira de Lionel Messi porque tem o argentino como seu ídolo, as mulheres também desejam consumir os produtos usados por suas jogadoras favoritas. O problema é que, atualmente, ainda muitos deles não estão nas prateleiras das lojas de material esportivo.