Corinthians aprova balanço de 2023 com R$ 1 bilhão em receitas, mas prejuízo de quase R$ 50 milhões

Torcida corintiana lotou a Neo Química Arena no duelo diante do Fluminense, pelo Brasileirão - Rodrigo Coca / Agência Corinthians

O Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou, na noite desta segunda-feira (29), o balanço das contas do clube em 2023. O documento foi auditado pela RSM.

Segundo o documento, publicado pelo clube nesta terça-feira (30), as receitas totais, contando arrecadação da Neo Química Arena, chegaram a R$ 1 bilhão, um recorde na história do Timão. Houve um crescimento de 92,5% em relação a 2022.

As receitas recorrentes (que não incluem arrecadação com venda de atletas) mantiveram-se no patamar de R$ 750 milhões. Com isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 19,3%, chegando a R$ 259 milhões (incluindo receitas de estádio).

Dívida

Apesar disso, as despesas também cresceram, e os juros pagos à Caixa Econômica Federal (CEF) pelo financiamento da arena do clube fizeram com que o resultado financeiro amargasse um prejuízo de R$ 49,8 milhões.

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Sem incluir essas despesas, houve um superávit de R$ 1,2 milhão. Ainda assim, foi um resultado positivo bem abaixo dos R$ 15,3 milhões obtidos em 2022 (queda de 92%).

Afora o financiamento do estádio, as dívidas do Corinthians também são preocupantes. O clube chegou a R$ 1,96 bilhão em débitos. As dívidas do clube chegam a R$ 1,26 bilhão. Já o financiamento pela construção da Neo Química Arena representa mais R$ 703 milhões.

Receitas

Os destaques positivos do balanço vieram com vendas de atletas (R$ 251 milhões), que tiveram um crescimento de 71,4% em relação ao ano anterior. Os patrocínios arrecadaram R$ 117,1 milhões, o que representou um aumento de 25% nesse item, quando comparado com 2022.

Já as receitas com premiações, programa de sócio-torcedor e loterias chegaram a R$ 106,5 milhões. Houve um incremento de 236% nesse quesito. É preciso ressaltar, porém, que esse montante incluiu luvas contratuais de acordos assinados ao longo do ano.

As receitas do futebol, sem considerar arrecadação com vendas de direitos federativos de jogadores, aumentaram 14,9%, chegando a R$ 621,4 milhões em 2023. Mas o fluxo vindo de outras atividades do clube caiu 30%, fechando o ano passado em R$ 64,3 milhões.

Queda de receita

O Corinthians, porém, viu uma queda de 7,6% na arrecadação com público na Neo Química Arena. O faturamento nesse quesito foi de R$ 90,7 milhões.

Outro item negativo do balanço foi o crescimento de 81,5% nas despesas com serviços contratados. Esse tipo de pagamento totalizou R$ 119,1 milhões.

Orçamento

A reunião do Conselho Deliberativo também discutiu o orçamento para 2024. No encontro, foi mantida a previsão de arrecadação bruta de R$ 1 bilhão.

Para chegar a esse montante, o marketing deve ser um dos principais trunfos do Corinthians em 2024. A projeção é que haja um aumento de 90,5% na arrecadação, atingindo R$ 283 milhões em receitas com patrocínios.

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