O Corinthians divulgou que a auditoria externa, feita pela GF Brasil Auditoria & Consultoria, mostrou que o clube deixou de apresentar uma contingência tributária no valor de R$ 191 milhões no balanço de 2023, época em que o Timão ainda era presidido por Duilio Monteiro Alves.
Uma contingência tributária não é necessariamente uma dívida, mas configura uma situação de risco relacionada a tributos, que podem ou não se concretizar, dependendo de algum evento futuro, como uma decisão da Justiça. Caso haja uma decisão judicial contrária, o clube estaria sujeito a pagar tributos atrasados, multas ou juros.
As contingências tributárias são divididas em três graus: provável (quando a entidade deve perder na Justiça e o valor deve ser considerado no balanço); possível (em que há chance de derrota, o que demanda uma nota explicativa no documento contábil) e remota (quando a chance de perder é pequena e não demanda necessidade de divulgação).
Reabertura
O Corinthians não revelou qual seria o caso dessa contingência fiscal. No entanto, Augusto Melo, atual presidente do clube, solicitou a reabertura e republicação do balanço de dois anos atrás.
“Tal medida se faz necessária para realizar o correto apontamento das pendências tributárias que existiam no ano de 2023 e que não foram devidamente contabilizadas”, justificou o Timão, em nota.
De acordo com a diretoria, a pendência financeira foi comunicada ao Conselho Fiscal, ao Conselho de Orientação (Cori) e a Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo. Na próxima segunda-feira (28), a diretoria pretende entregar esses documentos nas diversas instâncias do clube.