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Corinthians estuda ir à Justiça contra postos licenciados ligados ao PCC

Três unidades oficiais do clube, localizadas em São Paulo (SP), aparecem na investigação deflagrada pela Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal

Corinthians diz estar acompanhando as denúncias envolvendo postos licenciados - Gustavo Vasco / Corinthians

O Corinthians se pronunciou a respeito das suspeitas envolvendo postos de combustíveis oficiais que aparecem nas investigações deflagradas pela Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal (PF).

De acordo com uma reportagem do portal G1, três unidades do Posto Corinthians, que funcionam na zona leste de São Paulo (SP), seriam ligadas a alvos da operação, que apura as ramificações do Primeiro Comando da Capital (PCC) em usinas de etanol, em distribuidoras de combustíveis e no mercado financeiro.

Em nota, o Corinthians afirma que não administra os postos citados na matéria e alega que o uso do nome é resultado de um contrato de licenciamento. O clube diz estar acompanhando o caso e ameaça tomar medidas judiciais em relação a esses acordos.

Confira abaixo a nota do Corinthians na íntegra:

O Sport Club Corinthians Paulista informa que não é o administrador responsável pelos postos de gasolina citados pela reportagem. Nesses casos o Clube esclarece que trata-se de um contrato de licenciamento de sua marca.

O Corinthians também informa que acompanha com máxima atenção o andamento das investigações para – se necessário – tomar as medidas jurídicas cabíveis em relação aos contratos de licenciamento firmados com os postos de gasolina citados na operação.

Donos investigados na operação

Segundo o G1, os Postos Corinthians estão localizados nos bairros de Cidade Líder, Vila Norma e Conjunto Padre Manoel da Nóbrega, todos na zona leste de São Paulo.

Os dois primeiros pertencem a Luiz Ernesto Franco Monegatto, enquanto o último está em nome de Pedro Furtado Gouveia Neto, embora a autorização de funcionamento tenha sido expedida em benefício de Himad Abdallah Mourad, primo de Mohamad Hussain Mourad, apontado como um dos principais expoentes do esquema que teria movimentado R$ 8,4 bilhões para o PCC. Os três empresários são investigados pela Operação Carbono Oculto.

Os contratos de licenciamento do Posto Corinthians começaram a ser feitos em 2021, ainda na gestão do ex-presidente Duílio Monteiro Alves.

Atualmente, existem três unidades licenciadas, justamente as três que são alvo da investigação da PF.

Ao G1, o ex-presidente disse que o contrato de licenciamento já existia no clube antes de sua gestão e que o acordo que criou as três primeiras unidades serviria como “aditivos contratuais”.

Duílio alegou também desconhecer quaisquer irregularidades envolvendo tais parcerias e finalizou dizendo que os contratos possuem cláusulas de responsabilização, que garantiriam ressarcimento em caso de dano ocasionado à imagem do clube.