O Corinthians revelou, nesta quinta-feira (16), um projeto de venda de uma parte minoritária da Neo Química Arena na bolsa de valores. A ideia do clube é manter o controle sobre o estádio, mas negociar até 49% do espaço. A revelação da iniciativa foi feita pelo GE e confirmada pela Máquina do Esporte.
O objetivo é diminuir o ônus de pagamento de juros à Caixa Econômica Federal pelo empréstimo para a construção do estádio, utilizado na Copa do Mundo de 2014. Em 2023, o clube paulista pagará cerca de R$ 100 milhões ao banco estatal apenas em juros. O pagamento pela arena propriamente dita deve começar a ser quitado em 2025. Hoje, a dívida é superior a R$ 600 milhões.
“O Corinthians tem um fundo, que é dono de 100% da Arena, e esse fundo pode ser colocado no mercado. Alguém pode comprar 49% desse fundo se eu quiser vender, e eu gostaria de vender. Se alguém quiser comprar, por favor nos procure”, afirmou Wesley Melo, diretor financeiro do Corinthians, em entrevista ao GE.
Segundo a Máquina do Esporte apurou, o projeto já está totalmente formatado, e a diretoria atual acredita que será tocado pelo sucessor de Duilio Monteiro Alves, mesmo que o vencedor da eleição, marcada para o próximo dia 25, seja o oposicionista Augusto Melo.
Modelo de negócio
O Corinthians estuda dois modelos de negócio para o empreendimento. Em um, venderia uma cota maior para um investidor, diluindo o restante para o público em geral na bolsa de valores. Caso não consiga esse investidor máster, poderia lançar todas as cotas na bolsa, o que possivelmente demandaria mais tempo para negociar todo o montante.
Quem comprar cotas da Neo Química Arena ganharia, como é usual nesse tipo de transação, dividendos. Esse valor viria das receitas obtidas pelo Corinthians com a Arena tanto com a venda de ingressos como com as demais atividades que acontecem no local, como eventos corporativos, show musicais e parcerias comerciais.