O Cuiabá lançou, nesta quinta-feira (1º), a nova terceira camisa de jogo, a primeira feita pela marca própria, a Dourado. O curioso é que o clube passa agora a contar com dois fornecedores de material esportivo, já que a Umbro continua sendo parceira do time do Mato Grosso. A estreia do novo uniforme será contra o São Paulo, no próximo domingo (4), na Arena Pantanal.
O novo manto, predominantemente verde e com detalhes em dourado, faz homenagem à soja, uma das culturas mais fortes de Mato Grosso e responsável por grande parcela da economia do estado. Sete dos dez maiores municípios produtores de soja do Brasil estão no Mato Grosso.
“O Cuiabá é o clube que representa o estado de Mato Grosso, representa o estado do agronegócio hoje no Brasil, e temos essa ideia de aproximar cada vez mais o Cuiabá dessa bandeira, que é o principal segmento econômico do estado”, afirmou Cristiano Dresch, vice-presidente do Cuiabá.
“As ações são pensadas sempre no nosso torcedor e com a intenção de divulgar a potencialidade do nosso estado por meio do futebol, que é um grande divulgador”, acrescentou.
Características
O escudo do Cuiabá também ganhou a cor dourada, em referência à mascote, o Dourado, peixe popular do Pantanal e conhecido como “Rei do Rio”.
Na barra inferior da camisa, a frase “Soja, nossa riqueza Dourada” reforça a referência e destaca a importância do grão para o estado, maior produtor e exportador do mundo. Além disso, detalhes ao longo de todo o manto fazem menção aos ramos da soja.
A nova camisa já está disponível para venda nas lojas Dourado Store dos Shoppings Pantanal e Estação, em Cuiabá, além do site oficial da Dourado, nos tamanhos P, M, G, GG, 3G e 4G, no valor de R$ 194,90 (masculina), R$ 184,90 (feminina) e R$ 179,90 (juvenil).
Agronegócio
Neste ano, o clube já havia aproveitado a visibilidade do Brasileirão para valorizar o agronegócio do estado, com um carro-maca estilizado em forma de colheitadeira, na vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, em junho.
O agronegócio representa 28% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O setor é fonte de renda para 30,5 milhões de pessoas no país.
No ano passado, em razão da pandemia, enquanto o PIB nacional despencou 4,1%, na maior queda dos últimos 25 anos, o agronegócio foi um dos únicos segmentos que cresceu, em torno de 2%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O governo do Mato Grosso, por sua vez, tem aproveitado a visibilidade do Cuiabá para divulgar a pretensa sustentabilidade do agronegócio do estado. O poder público mantém um banner na Arena Pantanal destacando que Mato Grosso é o maior estado do agronegócio brasileiro e estaria mantendo 62% da natureza preservada.