Marco Polo del Nero perdeu seu último recurso, dessa vez no mais alto tribunal da Suíça, em sua tentativa de derrubar uma proibição da FIFA de exercer qualquer cargo no futebol por 20 anos por aceitar subornos em contratos de direitos de transmissão.
A sentença do Tribunal Federal Suíço, datada de 4 de março, negou provimento ao recurso do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ordenou que ele pagasse 18 mil francos suíços (cerca de R$ 98 mil) em custas processuais. O veredicto completo detalhando os motivos da decisão será publicado posteriormente.
Del Nero conseguiu fugir da Suíça quando uma série de prisões foram feitas após uma batida em uma madrugada de 2015 no Hotel Baur au Lac, em Zurique, que deu origem ao escândalo Fifagate.
À época, Del Nero era membro do Comitê Executivo da FIFA e presidente da CBF, antes de ser indiciado pelos promotores federais americanos como parte de sua extensa investigação. A FIFA o baniu para sempre do futebol em 2018, e a Corte Arbitral do Esporte reduziu a proibição para 20 anos após apelação da defesa do brasileiro.
O ex-presidente da CBF, que contestou a decisão da Corte de Arbitragem do Esporte (CAS) no Tribunal Federal Suíço, nunca foi extraditado para enfrentar acusações de extorsão, fraude eletrônica e conspirações de lavagem de dinheiro ligadas a acordos comerciais de competições sul-americanas de futebol.
Caso fosse absolvido, Del Nero estaria oficialmente apto a circular no ambiente da CBF, que realizará eleições para a escolha do novo presidente no próximo dia 23 de março. Ednaldo Rodrigues, que ocupa o cargo interinamente, é o favorito da disputa.