Não foi por acaso que a Reebok venceu a concorrência para se tornar a fornecedora de material esportivo do Botafogo. O atual proprietário da marca, o empresário canadense Jamie Salter, também é sócio de John Textor na Eagle Football Holdings. A empresa detém parte minoritária do Crystal Palace, além de ser dona de 90% da SAF Botafogo, 80% do Molenbeek, time da segunda divisão da Bélgica, e ter adquirido o controle do Lyon, da França, em junho.
Pelo acordo, o Botafogo terá a Reebok como fornecedora de material esportivo por três temporadas. O clube estava com um enxoval provisório, sem exibição de marca, desde março, quando a Kappa havia deixado o clube. Durante esse período, especulou-se que a concorrência estaria entre Reebok e Adidas.
No Brasil, a RB Brasil Artigos Esportivos é a gestora da Reebok e quem será responsável por fornecer o enxoval ao clube carioca.
Gestão de marcas
Salter, por meio de sua empresa Authentic Brands Group (ABG), comprou a Reebok da própria Adidas em agosto do ano passado. Pagou US$ 2,5 bilhões pela marca de material esportivo que havia sido adquirida pela empresa alemã em 2006 por US$ 3,8 bilhões.
“Há muitos anos que estamos de olho na Reebok. A marca não apenas ocupa um lugar especial nas mentes e nos corações de consumidores do mundo todo, mas também possui uma ampla distribuição global”, afirmou o empresário, à ocasião.
A ABG é especialista em gerenciamento de marcas e de celebridades. Além da Reebok, a empresa é dona da Forever 21 e da Sports Illustrated. No mundo das celebridades, possui os direitos de nomes como Marilyn Monroe, Muhammad Ali e Elvis Presley, entre outros.
Compra do Lyon
Quando negociou sua aquisição mais ousada no mundo da bola, a compra de 66,56% das ações do Lyon, um dos clubes mais tradicionais da França, John Textor teve ajuda financeira de Salter para concluir a operação.
Para que o negócio fosse efetivado, Textor também contou com uma linha de crédito de € 523 milhões da Cannae, do investidor Bill Foley, também dono do Vegas Golden Knights, franquia que disputa a NHL. Parte ou todo o investimento poderá ser convertido em ações da Eagle Football, a empresa de Textor, da qual Salter também é sócio.