O governo espanhol, por meio de um Decreto Real, publicado no Boletim Oficial do Estado (BOE), revelou que estima em € 1,43 bilhão os custos para Espanha e Portugal organizarem a Copa do Mundo de 2030. Os dois países ibéricos farão uma candidatura conjunta, que contará também com a Ucrânia.
De acordo com o documento, o valor incluiria investimentos em infraestruturas esportivas, que chegariam a € 750 milhões, além de despesas de organização na casa dos € 683 milhões. Os números ficariam muito abaixo dos vistos no Brasil em 2014, por exemplo, quando foram gastos € 15 bilhões (dez vezes e meia a mais). Quando comparado com o recém-encerrado Mundial do Catar 2022, a diferença fica descomunal, sendo quase 140 vezes menor. Na primeira Copa do Mundo no Oriente Médio, foram gastos nada menos do que € 200 bilhões, um recorde histórico absoluto.
No decreto, o governo espanhol citou o subsídio de € 7,5 milhões que fará à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) para ajudar o órgão na preparação e no desenvolvimento da candidatura. Será criado um escritório técnico para coordenar os eventos e divulgar as iniciativas relacionadas à candidatura, sempre aproveitando todo o suporte tecnológico que o espaço disponibilizará.
O documento ainda prevê um impacto de 5,1 bilhões no PIB espanhol e € 1 bilhão no PIB português, além da criação de mais de 82,5 mil empregos em tempo integral na Espanha e outros 26 mil em Portugal.
Vale destacar que, segundo estudos feitos por empresas especializadas, a cada € 1 investido, o evento seria capaz de gerar € 4,28 no PIB e € 1,32 em receitas fiscais.
“A candidatura deve servir também para ter um grande centro de treinamento na Espanha para as seleções espanholas de futebol masculino e feminino, da mesma forma que todos os países ao nosso redor, como França, Portugal, Alemanha, Inglaterra, etc.”, finalizou o documento.