O Mercado Livre segue firme com a estratégia de ampliar a presença no mercado do futebol. Patrocinadora dos times masculino e feminino do Flamengo e também da Copa Libertadores da América, da Libertadores Feminina e da Copa Sul-Americana, competições promovidas pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), a plataforma de comércio eletrônico assumiu os namings rights do Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).
O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (31), em uma entrevista coletiva que contou com as presenças de Eduardo Barella, CEO da Allegra Pacaembu, concessionária que assumiu a gestão do estádio em 2020 e é responsável por realizar as obras de reforma e modernização do espaço, e Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre e líder da empresa no Brasil.
Embora não adote a prática de divulgar valores exatos dos patrocínios firmados, a plataforma revelou que o contrato poderá alcançar a soma de R$ 1 bilhão, o que seria, na visão dos executivos da empresa, o maior acordo de naming rights já firmado no Brasil.
“Este acordo representa um dos maiores investimentos que o Mercado Livre fará no Brasil neste ano”, afirmou Yunes.
Vale observar que essa quantia bilionária será alcançada caso o Mercado Livre mantenha os naming rights do Estádio de Pacaembu pelo prazo de 30 anos. Esta é a expectativa declarada pela empresa. O fato, porém, é que o acordo anunciado nesta quarta-feira (31) terá, inicialmente, cinco anos de duração, podendo ser prorrogado.
Se o valor for dividido pelos 30 anos previstos pela empresa, representa algo em torno de R$ 33 milhões anuais. Porém, não ficou claro se no cálculo feito por Mercado Livre e Allegra Pacaembu estão incluídos elementos importantes como correção monetária e projeção da inflação no período.
Ecossistema presente
Segundo os executivos, as negociações entre o Mercado Livre e a Allegra Pacaembu para o acordo de naming rights tiveram início em junho do ano passado.
A fachada do Pacaembu não sofrerá alterações, mantendo o clássico letreiro com a denominação Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho. O nome Mercado Livre Arena Pacaembu será colocado em diversos pontos dentro do estádio.
O acordo de naming rights não ficará restrito ao estádio de futebol.
“Todo o ecossistema do Mercado Livre estará presente”, explicou Yunes.
O centro de eventos e convenções com capacidade para até 8 mil pessoas, por exemplo, passará a se chamar Mercado Pago Hall. O Mercado Livre denominará também a piscina olímpica, a quadra de tênis e o ginásio de esportes existentes no Complexo do Pacaembu.
O estúdio de mídia, por sua vez, levará o nome Mercado Play. Já os camarotes levarão as marcas Mercado Pago e Meli+.
“O acordo chancela a visão que nós e nossos parceiros temos. Queremos demonstrar que somos muito mais que um estádio de futebol, mas um complexo esportivo que funciona 24 horas por dia”, destacou Barella.
Durante a entrevista, o CEO da Allegra Pacaembu comentou sobre os investimentos feitos até o momento nas obras do Complexo do Pacaembu, que chegaram a R$ 600 milhões, incluindo a outorga.
O executivo manteve a previsão de conclusão dos trabalhos para julho deste ano. De acordo com ele, a expectativa é de que, ao ano, a arena passe a movimentar R$ 1 bilhão e receba em torno de 5 milhões de visitantes.
A previsão é de que, após a inauguração, a Mercado Livre Arena possa receber até 26 mil torcedores em jogos de futebol. De acordo com Barella, esse número foi definido com base na média de público verificada no Estádio do Pacaembu antes da reforma, que era de 15 mil pessoas.
“Dessa forma, os torcedores poderão desfrutar de uma experiência de ‘caldeirão’ muito maior”, finalizou o executivo.