Fatma Samoura anuncia saída do cargo de secretária-geral da Fifa no final do ano

Fatma Samoura deixará a secretaria geral da Fifa no final de 2023 - Divulgação

Fatma Samoura anunciou que deixará o cargo de secretária-geral da Fifa no final do ano após sete anos desempenhando a função.

“Foi a melhor decisão da minha vida ingressar na Fifa. Tenho muito orgulho de ter liderado uma equipe tão diversificada. Minha primeira palavra de agradecimento vai para Gianni Infantino por me dar este emprego dos sonhos. Ele demonstrou confiança, compreensão e um nível incrível de apoio”, afirmou a senegalesa.

Fatma se tornou a primeira mulher e primeira não europeia a ocupar o cargo de chefe de administração da entidade. Nesse período, a dirigente também trabalhou para o crescimento do futebol feminino no planeta.

“Pretendia compartilhar a notícia primeiro com os membros do Conselho da Fifa, na próxima semana. Mas sei que houve especulações crescentes sobre meu cargo nos últimos meses. Por enquanto, estou totalmente focada na preparação e entrega da próxima Copa do Mundo Feminina na Austrália e Nova Zelândia”, ressaltou a dirigente.

“A partir do próximo ano, gostaria de passar mais tempo com minha família. Sou apaixonada por futebol desde os oito anos de idade e me sinto honrada por ter feito essa jornada”, acrescentou.

Trabalho

Fatma supervisionou a reestruturação da Fifa, o que incluiu a nomeação de dois secretários-gerais adjuntos, uma nova Divisão de Futebol Feminino, uma Divisão de Desenvolvimento Técnico e uma Diretoria de Conformidade, entre outras mudanças.

“Desde que nos conhecemos, sabia que ela seria excelente para a Fifa. Sua paixão e entusiasmo para impulsionar a mudança foram inspiradoras”

Gianni Infantino, presidente da Fifa

“Fatma foi a primeira mulher e a primeira africana a ser nomeada para um cargo tão importante na Fifa. Respeitamos sua decisão, e gostaria de agradecê-la por tamanha dedicação e comprometimento com o futebol. Fatma continuará a contribuir para o desenvolvimento do jogo e dos seus valores sociais”, completou o dirigente.

A secretária-geral chegou à Fifa após mais de duas décadas de experiência trabalhando na Organização das Nações Unidas (ONU). Lá, ela “arregaçou as mangas” em sete países: Djibuti, Camarões, Chade, Guiné, Níger, Madagascar e Nigéria.

Embora tenha atuado em lugares afetados pela guerra, pela violência e pela falta de direitos das mulheres, Fatma sempre acreditou que o futebol é uma linguagem universal e que poderia persuadir grupos em guerra a depor as armas em favor da união.

Sair da versão mobile