Fim de temporada do futebol pode pender balança a favor da Libra na Série A do Brasileirão

Coritiba teve confirmado o rebaixamento para a Série B em 2024 após perder para o Fluminense no último sábado (25) - Lucas Merçon / Fluminense

Com o fim dos campeonatos das Séries B e C, e a confirmação da queda do Coritiba na Série A, a balança entre clubes que integram a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e a Liga Forte União (LFU), antiga Liga Forte Futebol (LFF), está pendendo a favor do primeiro grupo. Além de ser integrada pelos clubes de maior torcida do país, a Libra também pode conseguir igualar a LFU em número de times na primeira divisão em 2024.

A importância desta “geopolítica dos clubes” é que o campeonato do ano que vem é o último com o atual contrato de direitos de transmissão. A partir de 2025, os blocos de clubes terão um novo acordo de TV. Quem tiver mais times na primeira divisão, terá mais jogos para vender, inclusive partidas como mandante contra Flamengo e Corinthians, os campeões de audiência.

Série A

Na atual conta, subiram para a elite do Brasileirão um time da Libra (Vitória, campeão da Série B) e três da LFU (Atlético-GO, Criciúma e Juventude). No entanto, dois clubes da Liga Forte União (América-MG e Coritiba) também já caíram para a Série B.

Além disso, há mais dois times do grupo atualmente na zona de rebaixamento da Série A, Goiás e Cruzeiro, que coincidentemente se enfrentam nesta segunda-feira (27). Se o Cruzeiro ao menos empatar o jogo, colocará um time da Libra no Z4 (Bahia). Nesse caso e se o Brasileirão terminasse assim, a balança continuaria favorável à LFU em número de times para 2024 (11 a 9).

Série B

Independentemente do que acontecer na elite, a Série B do ano que vem terá um placar favorável à LFU. O grupo já conta com 10 clubes garantidos na segunda divisão em 2024: América-MG e Coritiba (caíram da Série A); Brusque e Operário-PR (subiram da Série C); Sport, Vila Nova, CRB, Ceará, Avaí e Chapecoense (mantiveram-se na Série B).

A Libra, por sua vez, manteve o mesmo número de clubes de 2023. Se “perdeu” o Vitória, que subiu para a Série A, ganhou o Paysandu, que recentemente aderiu ao bloco e subiu da Série C. Os demais integrantes da Libra são as equipes do interior paulista que se mantiveram na segunda divisão: Novorizontino, Mirassol, Guarani, Ituano e Ponte Preta.

O torneio também terá dois clubes que se mantêm independentes: Botafogo-SP e Amazonas (campeão da Série C).

Da Série A deve cair ao menos um clube da LFU, com Goiás, Vasco e Cruzeiro sendo os mais ameaçados. Da Libra, quem corre maior risco é o Bahia. No entanto, Corinthians e Santos ainda não fugiram totalmente do descenso.

Série C

Na terceira divisão, o número de times independentes é maior. Com os participantes de 2024 totalmente definidos, há 13 times que não aderiram a nenhum bloco: Aparecidense, Athletic-MG, Botafogo-PB, Caxias, Confiança, Ferroviária-SP, Ferroviário-CE, Floresta, Remo, São Bernardo, São José-RS, Volta Redonda e Ypiranga-RS.

CSA, Figueirense, Londrina, Náutico e Tombense participam da LFU. O time pernambucano, porém, não negociou a venda de 20% de seus direitos comerciais pelo período de 50 anos com os investidores da Liga Forte União, grupo formado pela norte-americana General Atlantic e pelas brasileiras Life Capital Partners e XP Investimentos. A diretoria do Timbu acredita que conseguirá valorizar seus ativos se estiver em uma divisão superior ao realizar essa venda.

Já a Libra conta em suas fileiras com ABC e Sampaio Corrêa-MA, clubes que caíram da Série B nesta temporada.

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