Grupo City assume controle do Bahia, nomeia executivos e busca crescimento sustentável

Ferran Soriano e Guilherme Bellintani exibem o contrato assinado - Reprodução / TV Bahêa

O City Football Group (CFG) assinou, nesta quinta-feira (4), o contrato em que assume 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Bahia. O evento foi acompanhado de entrevista coletiva com a participação de Ferran Soriano, CEO do CFG, e Guilherme Bellintani, presidente do Bahia.

Neste primeiro momento, o catalão afirmou que há três pilares a serem implantados: foco na Bahia, implantação da filosofia do Grupo City e fazer com que o clube gere receitas para ser economicamente viável.

“O clube deve ser financeiramente sustentável. Temos o compromisso de investir até R$ 1 bilhão, que vão ser investidos. Obviamente, hoje estamos perdendo dinheiro. O clube vai perder dinheiro no curto prazo. Mas no longo prazo não vai. O clube tem que gerar receita para ser autossuficiente”, afirmou Soriano.

O executivo esteve acompanhado na mesa pelos dois nomes que serão peças-chave na implantação do modelo do CFG e no intercâmbio tecnológico, de gestão e marketing que pretende implantar. Carlos Santoro liderará a gestão do futebol. Já Raul Aguirre assumirá como CEO do Bahia.

“Para isso, o City vai trazer todos os elementos: tecnologia, know how e experiência. O grupo tem o compromisso de trazer recursos para ajudar o Bahia”, disse Soriano.

Integração

Santoro trabalha há nove anos no CFG e, por isso, é visto como capacitado para implantar o modelo de gestão do grupo no Bahia. Já Aguirre cuidará da parte de negócios e formas de crescimento de receita.

“Raul tem muita experiência na integração e crescimento de empresas. Sua missão inicial é integrar as operações do Bahia dentro do grupo, para o Bahia aproveitar tudo o que o grupo tem a oferecer nas áreas comercial, financeira e de marketing. Tenho confiança total nessas duas pessoas: Raul e Cadu”, enfatizou Soriano.

Liga brasileira

Soriano afirmou que o CFG colocará sua experiência a favor da formação da liga brasileira de clubes, prevista para acontecer a partir de 2025, quando o atual contrato de TV chega ao fim.

“Trabalhamos em 12 ligas no mundo. Agora em 13. Temos experiência sobre quais coisas funcionam, como e por quê”, disse o executivo.

Para Soriano, a liga brasileira tem chance de se tornar uma das principais do planeta.

“O potencial é espetacular. Não só na teoria, mas na experiência. O potencial do mercado brasileiro e do futebol brasileiro são espetaculares. Esse potencial está sendo perdido enquanto não se organiza a nova competição”

Ferran Soriano, CEO do City Football Group

“Vou me colocar à disposição para tentar ajudar. Acredito que essa oportunidade não deve ser perdida. Os clubes têm que encontrar um jeito de trabalhar juntos pelo interesse global. O tamanho do negócio é muito maior do que é hoje. Não sei se pode dobrar [as receitas] ou pode multiplicar por três. Vamos colocar nossa experiência a favor disso”, completou.

Atualmente, há dois grupos de clubes discutindo a unificação. De um lado está a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), do qual o Bahia faz parte junto de outras 17 equipes. Já a Liga Forte Futebol (LFF) é formada por 26 times.

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