Investigado por corrupção e com mandado de prisão, ex-presidente da RFEF não garante voltar à Espanha

Luis Rubiales, ex-presidente da RFEF, está sendo investigado por suposta corrupção em um contrato da Supercopa da Espanha - Reprodução / RFEF

Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), afirmou que cooperará com as investigações sobre supostos casos de corrupção em alguns contratos envolvendo a entidade, como o da realização da Supercopa da Espanha na Arábia Saudita.

O ex-presidente da federação, que deixou o cargo em setembro do ano passado após o escândalo do beijo forçado em Jenni Hermoso, jogadora da seleção espanhola, teve sua casa vasculhada pela polícia espanhola nesta quarta-feira (20). 

Rubiales, porém, não acompanhou as buscas por estar na República Dominicana. Ao jornal espanhol Okdiario, ele disse estar surpreso com a investigação e garantiu que “não fez nada de errado”. Além disso, também prometeu cooperar com a polícia, mas afirmou que prevê voltar à Espanha apenas no dia 6 de abril.

“Voltarei quando tiver que voltar”

Luis Rubiales, ex-presidente da RFEF

O Ministério Público espanhol emitiu, nesta quarta-feira (20), um mandado de prisão para o ex-presidente da RFEF. Apesar da República Dominicana, país onde ele se encontra, ter acordo de extradição com a Espanha, o órgão acredita que Luis Rubiales voltará voluntariamente.

Investigação

Nesta quarta-feira (20), a polícia espanhola executou uma busca na sede da RFEF, em Madri, além de outros dez locais não especificados, incluindo a casa de Luis Rubiales. A operação faz parte da investigação de um suposto esquema de corrupção, gestão inadequada de ativos e lavagem de dinheiro. Até o momento, sete pessoas foram presas.

Um dos alvos da investigação é um contrato assinado por Rubiales para a transferência da Supercopa da Espanha para a Arábia Saudita. O acordo, que deveria gerar um valor de € 40 milhões por ano à federação, foi feito com a intermediação da Kosmos, empresa do ex-jogador Gerard Piqué.

A final da Copa do Rei, disputada no Estádio La Cartuja, em Sevilha, e um contrato assinado com a China para desenvolver o futebol no país asiático também são alvos das investigações.

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