John Textor projeta faturamento do Botafogo superior a R$ 480 milhões em 2024

Tiquinho Soares, atacante do Botafogo, em jogo contra o Volta Redonda pelo Cariocão - Vítor Silva / Botafogo

A Eagle Football, holding do empresário John Textor, dono de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, divulgou uma previsão de faturamento de US$ 97 milhões em 2024 (equivalente a R$ 481,85 milhões, na cotação atual).

Segundo a empresa, o Glorioso teve um aumento de arrecadação de 225% na temporada 2023, passando de US$ 24 milhões (R$ 119,2 milhões) em 2022, quando disputou a Série B do Brasileirão, para US$ 78 milhões (R$ 387,47 milhões) no ano passado.

A empresa também destacou o contrato de patrocínio máster fechado com a Parimatch, casa de apostas que desembolsou R$ 27 milhões no início de 2023 para estampar seu logotipo na camisa do Botafogo. Segundo a Eagle, na temporada passada, esse valor equivalia ao terceiro maior contrato de patrocínio de camisa do futebol brasileiro, atrás apenas dos gigantes Flamengo e Palmeiras.

No entanto, neste ano, os valores ficaram defasados, com reajustes em alguns contratos e novos acordos. Atualmente, o Botafogo ocupa a sétima posição, atrás de Corinthians (VaideBet), Flamengo (Pixbet), Palmeiras (Crefisa), São Paulo (Superbet), Grêmio (Banrisul) e Internacional (Banrisul).

A gestora do Botafogo também destacou o crescimento na arrecadação com direitos de TV, que tiveram um crescimento de US$ 2,6 milhões, sendo divididos entre o Cariocão (US$ 1,6 milhão) e o aumento do número de jogos transmitidos no Brasileirão (US$ 1 milhão).

Vendas

Outro ponto positivo da gestão foi o impulsionamento de receitas com a venda de jogadores e a liberação do técnico Luis Castro, que foi treinar o Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo, e cuja multa rescisória custou R$ 10 milhões ao clube árabe.

Além do técnico, foram destacados o zagueiro Kanu, negociado com o Bahia por R$ 10 milhões, e o atacante Jeffinho, emprestado ao Lyon por R$ 27 milhões, mas que já retornou ao clube.

Match day

Outro segmento em que houve maior faturamento foi com o match day. As receitas em dias de jogos aumentaram em US$ 6,6 milhões. Desse número, US$ 2,9 milhões vieram com o programa de sócio-torcedor, que triplicou sua arrecadação, e US$ 2,4 milhões com a cessão do Estádio Nilton Santos para shows e eventos, como o da estrela pop Taylor Swift.

Premiação

Além disso, apesar da campanha frustrante para os torcedores no Brasileirão, o Botafogo também conseguiu mais dinheiro com premiações. Houve um aumento de US$ 9,4 milhões nesse item. A quinta posição no Campeonato Brasileiro rendeu mais US$ 5,2 milhões.

A participação na Copa Sul-Americana, competição em que o clube atingiu as quartas de final, rendeu mais US$ 2,6 milhões aos cofres alvinegros. Finalmente, a eliminação precoce nas oitavas de final da Copa do Brasil deu ao Glorioso mais US$ 300 mil em bônus.

Material esportivo

Outra fonte de arrecadação para a equipe veio com o novo contrato de material esportivo com a Reebok, que retomou os investimentos no futebol brasileiro. Segundo a Eagle, houve um aumento de US$ 2,4 milhões na receita com merchandising relacionado com a venda de material esportivo. O time ainda lançou uma nova loja on-line, que vendeu 30 mil camisas nos primeiros três dias.

Dívidas

De acordo com o material divulgado por John Textor, as dívidas também foram melhor geridas. Desde a aquisição do clube, houve uma redução de 60% do montante dos débitos do clube social. Em 2024, a empresa projeta mais um decréscimo de 20% desse valor.

No início do mês, o Botafogo conseguiu uma vitória importante na Justiça, com a aprovação do plano de recuperação extrajudicial do clube. Hoje, as dívidas cíveis do Glorioso estão avaliadas em R$ 404.925.450,83.

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