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Justiça homologa plano de recuperação judicial do Sport, que agora foca na criação da SAF

Medida é parte do processo de reorganização financeira e administrativa do clube, que é um dos únicos da Série A, ao lado do Cruzeiro, a obter essa saída

Ilha do Retiro, no Recife (PE), é o estádio do Sport - Danillo Conzz / Sport

A Justiça de Pernambuco homologou, na última terça-feira (28), o plano de recuperação judicial do Sport. A medida é vista como um passo decisivo para a reorganização financeira e administrava do clube, situação que representou uma promessa de campanha do atual presidente Yuri Romão.

Além do time pernambucano, o Cruzeiro é o único clube da Série A do Brasileirão a contar com um plano de recuperação judicial aceito pelo Judiciário.

Com a homologação, o plano de recuperação judicial, que já havia sido aprovado pelos credores em dezembro de 2024, passa a ter eficácia ampla e plena, estabelecendo as condições para o pagamento das obrigações, os prazos de carência, os percentuais de deságio e os meios de recuperação adotados.

A expectativa é de que o passivo do Sport seja reduzido em aproximadamente 80%. Além da reestruturação das dívidas, outras medidas previstas são a reorganização administrativa, a gestão eficiente de ativos e a formação de parcerias estratégicas.

Um dos principais focos do clube nos próximos meses é avançar na ideia de constituição de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), compromisso que também havia sido assumido pela gestão de Yuri Romão.

O Sport também tem procurado meios de equacionar sua questão fiscal, por meio da transação tributária federal e do parcelamento realizado recentemente junto à Prefeitura do Recife.

“Este é um momento muito importante para a reestruturação do clube, algo que sempre foi uma prioridade na gestão do presidente Yuri Romão. A partir de agora, passam a valer os efeitos do plano de recuperação judicial, tanto para os credores quanto para os demais envolvidos. Ele inclui, além dos descontos propostos por classe de credores, outros meios de recuperação, como a constituição da SAF e a possibilidade de alienação de direitos comerciais e de arena, inclusive aqueles negociados por meio da Liga Forte União”, afirmou Guilherme Matos, diretor jurídico do clube.

“Trata-se de um conjunto robusto de medidas que impactam diretamente o passivo do clube, fruto de um trabalho iniciado no fim de 2022 e formalizado em 2023. Depois de todo esse tempo de dedicação, considero este resultado um dos maiores marcos recentes da história do Sport, que servirá como base para uma reestruturação completa e ainda maior no futuro”, complementou Matos.