O Tribunal Federal de Apelações da Itália decidiu, na última sexta-feira (20), retirar 15 pontos da Juventus na disputa da atual temporada da Serie A por conta de fraudes fiscais em contratações de jogadores. As fraudes apareceram em relatórios financeiros divulgados pelo clube relativos a 2019, 2020 e 2021.
A prática do clube consistia em reduzir perdas por meio de valores exagerados das transferências. Dessa forma, era capaz de sanar déficits de maneira artificial e indicava que os balanços ainda estavam saudáveis para os termos estipulados pelas entidades reguladoras, em especial o Fair Play Financeiro da Uefa.
Após interceptações telefônicas, a procuradoria da Federação Italiana de Futebol (FIGC) entrou com um recurso no Tribunal Federal de Apelações para que o caso fosse reaberto e as devidas punições fossem aplicadas. A procuradoria queria retirar 9 pontos da Vecchia Signora, mas a punição acabou sendo ainda maior, com 15 pontos subtraídos na tabela de classificação da Serie A 2022/2023.
As investigações haviam começado em novembro do ano passado, após a renúncia de todo o Conselho da Juventus, o que incluiu o presidente Andrea Agnelli e o vice-presidente Pavel Nedved, ídolo histórico do clube. Depois, em dezembro, foi nomeado um novo Conselho de Administração, e a presidência do clube de Turim foi assumida por Gianluca Ferrero, o que tem sido visto no país como o fim da Era Agnelli no clube.
Dentro de campo, a Juventus caiu de 37 para 22 pontos na Serie A, deixando de ocupar a terceira colocação e caindo para a 11ª posição na tabela. Neste domingo (22), após um empate por 3 a 3 contra a Atalanta, conseguiu ganhar duas posições e atualmente é a 9ª colocada no campeonato, 27 pontos atrás do líder Napoli.