A Liga Forte Futebol (LFF) não conseguiu número mínimo de assinaturas para finalizar o contrato com a brasileira Life Capital Partners (LCP) e a norte-americana Serengeti Asset Management. Na semana passada, erroneamente, a entidade informou que 23 times haviam confirmado o acordo de venda de 20% dos direitos comerciais no Brasileirão do bloco de times por 50 anos. Em troca, as equipes receberiam até R$ 2,3 bilhões.
Na ocasião, ABC e Coritiba foram anunciados como integrantes desse bloco, fato que é negado pelos dois times. A informação foi publicada pelo UOL e confirmada pela Máquina do Esporte.
Coritiba: SAF
O Coritiba passa por processo de transição para Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Lanterna do Brasileirão, com 7 pontos em 13 jogos, o time paranaense transferiu 90% de sua SAF para a Treecorp Investimentos há dois meses. Em troca, a empresa de private equity prometeu aportar R$ 550 milhões no clube pelos próximos dez anos.
Dentro desse processo, a Treecorp ainda irá examinar o contrato antes da assinatura. Não há um prazo para quando isso será finalizado. A esperança dos integrantes da LFF é que a Alvares & Marsal, que também trabalha com o Forte Futebol, assessora a transição do Coritiba em SAF, o que poderia ajudar na aproximação com a Serengeti. No entanto, ainda não é possível saber se a Treecorp irá aderir ao acordo.
ABC: dúvida
Já o ABC não estabeleceu um prazo para decidir sobre o assunto. O time não deu aval ao acordo, embora Bira Marques, presidente do clube potiguar, estivesse presente na Assembleia da última sexta-feira, tenha posado para foto com os demais dirigentes e assinado a ata da reunião.
Segundo a Máquina do Esporte apurou, o ABC tem em mãos a proposta da Serengeti/Life Capital, vinculada à LFF, e a da Mubadala Capital, investidora da Liga do Futebol Brasileiro (Libra). O departamento jurídico do clube examina ambas as propostas antes de tomar uma decisão, que ainda não tem prazo para acontecer.
Atlético-MG, Inter e Náutico
Outros clubes que integram o Forte Futebol e não assinaram o contrato foram Atlético-MG, Internacional e Náutico. O trio já havia sido anunciado pela LFF que ainda não haviam dado aval ao acordo.
O Atlético-MG, que está em processo de transformação para SAF, ainda não decidiu se irá aderir ao contrato com Serengeti e Life Capital. Há pressões internas por uma aproximação com a Libra. Curiosamente, o Cruzeiro, arquirrival do Atlético-MG, que esteve na Libra quase desde o início do grupo, tem ensaiado um movimento de se tornar um clube independente, o que ainda não ocorreu.
Já o Internacional está com a questão sendo examinada por seu Conselho Deliberativo. O assunto está parado nessa instância desde março. Ainda não há nenhuma reunião agendada para votar a questão. O clube tem eleição em dezembro e é possível que não haja nenhuma decisão até lá.
A diretoria do Náutico, por sua vez, que disputa a Série C do Brasileirão neste ano, divulgou um comunicado no qual afirma que “se utilizou de prerrogativa prevista no próprio contrato para adiar a sua decisão sobre assinatura ou não do mesmo, dentro dos prazos ali previstos”. O tema será submetido às instâncias internas do clube pernambucano antes que seja tomada uma decisão. A previsão é que o assunto seja decidido até 15 de setembro.