A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) buscará a união com os times da Liga Forte União (LFU) para que ao menos na Série B do Campeonato Brasileiro haja uma venda conjunta dos direitos de transmissão.
A ideia surgiu durante uma reunião presencial da Libra, na última sexta-feira (7), na CSMV Advogados, na Avenida Brigadeiro Faria Lima (rua importante localizada na zona oeste de São Paulo (SP)). Durante o encontro, que discutiu diversas questões e durou cerca de duas horas, houve o debate de que realizar a venda conjunta valorizaria o produto em um ano em que não há nenhum clube de torcida nacional disputando a segunda divisão.
Para isso, foi formada uma Comissão da Série B, que terá a presença dos três representantes da Libra na Segundona em 2025. Estiveram presentes no encontro Roger Aguilera, presidente do Paysandu; Gustavo Freire da Fonseca, diretor jurídico do Remo; e Flávio Horta Jardim, presidente do Volta Redonda.
Do lado da LFU, a reaproximação é vista com bons olhos. Já há interlocutores entre os dirigentes dos times da Libra e do Forte União que disputarão a segunda divisão em 2025.
“A Série B pode dar uma lição de união que a Série A não conseguiu fazer”, exaltou o dirigente de um dos clubes favoráveis à ideia.
Dificuldade
O entendimento, porém, não será uma tarefa fácil. Segundo a Máquina do Esporte apurou, a LFU já tem conversas avançadas com uma plataforma de mídia para a venda dos direitos dos 16 times que integram o bloco.
Fazem parte do Forte União na Segundona: Amazonas, América-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, Cuiabá, Goiás, Novorizontino, Operário-PR, Vila Nova e Athletic, clube de São João del-Rei (MG), o último a aderir ao grupo.
Para que haja unificação, o trio da Libra reivindica uma cota semelhante à disponibilizada às equipes da LFU. Segundo cartolas ouvidos, isso não deve ser um impeditivo para um acordo, já que tradicionalmente essa divisão ocorre na Série B.
Ativos
A partir daí, a ideia seria realizar a venda unificada de outros ativos da Bezona, que incluem direitos internacionais e de apostas, além de placas de campo, que estão em negociação no momento.
Para que os 20 clubes façam uma venda unificada, ficaria faltando só a adesão da Ferroviária, que subiu da Série C para a Série B nesta temporada. O time de Araraquara, que atualmente joga a Série A2 do Paulistão, ainda não sinalizou adesão a nenhum dos lados.
A Peak Sport Media, agência contratada pela LFU para negociar os direitos de transmissão, ofereceu esse ativo ao mercado em um dos pacotes, segundo revelou a Máquina do Esporte na semana passada.
Integração
Como ainda não há um contrato finalizado, dirigentes de ambos os lados acreditam que possa haver o entendimento.
Se o acerto acontecer, seria o passo mais efetivo de reaproximação entre Libra e LFU. Outro passo foi a criação do Comitê de Integração durante a última reunião da Libra, na capital paulista.
No encontro, a maior entusiasta da ideia foi Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Não por acaso, a dirigente acabou nomeada para integrar esse comitê ao lado de André Rocha, CEO do Red Bull Bragantino, e Marcelo Teixeira, presidente do Santos. Roger Aguilera, do Paysandu, entrou no grupo como representante da Série B.