A Liga Nacional de Futebol Feminino (NWSL, na sigla de inglês), a principal liga de futebol feminino dos Estados Unidos, ganhará três novas franquias nos próximos anos. De acordo com o The Wall Street Journal (WSJ), as negociações estão avançadas e a oficialização deverá acontecer em breve.
Segundo a publicação, San Francisco, Boston e Utah serão as casas das novas equipes. Grupos de investidores ligados a San Francisco e Boston já teriam concordado em pagar US$ 50 milhões cada uma para ingressar na NWSL. Com relação a Utah, os números envolvidos não foram revelados.
Se os valores se concretizarem, serão os maiores já desembolsados por franquias da liga disparadamente. Em 2020, quando grupos de Los Angeles e San Diego fecharam acordos para ingressar na liga, as taxas de franquia variavam de US$ 2 milhões a US$ 5 milhões.
Vale lembrar que a ESPN já havia divulgado, em junho do ano passado, que as avaliações das franquias da NWSL tinham aumentado cerca de dez vezes em um período curto de dois anos, uma vez que mais de 30 grupos de investidores vinham demonstrando interesse pelo assunto. Todo esse interesse, aliás, levou ao primeiro processo de licitação formal da liga a ser supervisionado pela empresa de investimentos Inner Circle Sports, com sede em Nova York.
“Continuamos engajados no nosso processo de expansão e estamos entusiasmados com nossas perspectivas. Quando tivermos notícias para compartilhar, faremos isso”, afirmou um porta-voz da NWSL ao The Wall Street Journal.
Ainda de acordo com a publicação, as franquias de San Francisco e Utah deverão começar a participar da liga já em 2024. A de Boston, no entanto, deverá esperar um ano a mais. Quando as três estiverem em campo, a NWSL chegará a 15 equipes.
O aumento nas taxas pagas e do número de franquias ocorre em meio a um período turbulento para a NWSL. No mês passado, a liga divulgou um relatório conjunto com sua associação de jogadoras (NWSLPA), que revelou “má conduta generalizada dirigida às jogadoras da NWSL” na “grande maioria dos clubes, em vários momentos, desde os primeiros anos da liga até o presente”.
Após o lançamento do relatório, o ex-técnico do North Carolina Courage, Paul Riley, foi um dos quatro treinadores a receber uma proibição vitalícia de participar de qualquer forma da NWSL.