A Liga de Futebol da Arábia Saudita está determinada a se destacar no cenário mundial do futebol. Para isso, está disposta a investir uma fortuna para contratar jogadores renomados. Financiado pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), o país está oferecendo salários exorbitantes para convencer algumas das maiores estrelas do esporte a se juntarem às suas equipes. A informação é do The New York Times.
O objetivo, segundo a publicação, é transformar a liga doméstica do país, que atualmente é pouco expressiva no cenário global, em um destino atraente para os melhores talentos do futebol. O país já fez uma movimentação semelhante para se equiparar com os Estados Unidos como sede da principal liga de golfe do mundo, o LIV Golf.
Para tornar isso realidade, os clubes sauditas já estão abordando jogadores interessados em se mudar para o país, oferecendo alguns dos maiores salários anuais da história do esporte. Estima-se que esses contratos possam ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão para pagar os salários de cerca de 20 jogadores estrangeiros.
A medida vai na contramão da Uefa, que está pensando em impor um teto de gastos com transferências e megassalários de jogadores.
CR7 e Messi
Cristiano Ronaldo, eleito cinco vezes o melhor jogador do mundo, foi o pioneiro nessa empreitada ao se juntar ao clube saudita Al-Nassr depois da Copa do Mundo de 2022, em um acordo avaliado em US$ 200 milhões por temporada. Desde a sua chegada, a liga saudita tem considerado a possibilidade de coordenar mais contratações milionárias para distribuir o talento de forma mais equilibrada entre as principais equipes.
Rumores apontam que Lionel Messi, que levou a Argentina ao título da Copa do Mundo do Catar no último mês de dezembro, teria sido tentado por um contrato ainda mais lucrativo que o de CR7. Além disso, o atacante francês Karim Benzema, eleito o melhor jogador do mundo recentemente, também teria concordado em deixar o Real Madrid por um acordo de nove dígitos para jogar na Arábia Saudita.
Garry Cook, ex-executivo da Nike e atual CEO da liga saudita, é o principal nome encarregado de executar esses planos ambiciosos. No entanto, o plano possui pontos críticos, uma vez que alguns clubes temem ser deixados para trás e, consequentemente, perderem sua identidade em meio à onda de contratações financiadas pelo Estado.
Embora o projeto seja visto como uma oportunidade para aumentar a influência da Arábia Saudita no esporte e talvez impulsionar sua candidatura para sediar a Copa do Mundo de 2030, ele também lembra uma tentativa similar da China há uma década, que acabou enfrentando dificuldades e foi interrompida.