Mais duas patrocinadoras ou parceiras da Conmebol se manifestaram a respeito do caso de racismo contra o atacante Luighi, do Palmeiras, em partida da Libertadores Sub-20 contra o Cerro Porteño, na quinta-feira passada (6). Mastercard (patrocinadora) e DHL (parceira) enviaram seus posicionamentos sobre o caso.
Ambas as empresas haviam ignorado o questionamento da Máquina do Esporte, feito na última segunda-feira (10), sobre o que haviam achado do crime ocorrido na competição e se concordavam com as penas impostas pela Conmebol.
Em texto publicado na terça-feira (11), apenas o Mercado Livre, entre os patrocinadores da Conmebol, informou ter acionado a entidade para comentar o caso de racismo. Já Amstel, Hyundai, Mapfre e Puma mandaram mensagem de apoio a Luighi, mas se abstiveram de comentar sobre o que achavam das penas impostas pela conmebol.
Coca-Cola, Crypto.com e TCL (patrocinadoras), Absolut Sport e Powerade (parceiras), e Panini (licenciada) permanecem em silêncio sobre o assunto.
A Máquina do Esporte não conseguiu o contato de dois patrocinadores: EA Sports e Entain, conglomerado de apostas que ativa as marcas Sportingbet (Brasil) e Bwin (demais países) em seu patrocínio à Conmebol.
Punição
A Conmebol multou o Cerro Porteño em US$ 50 mil, fez o time jogar o resto da competição com os portões fechados (a equipe faria apenas mais um jogo) e obrigou a equipe a realizar campanha contra o racismo em suas redes sociais. Para todas essas penas ainda cabe recurso.
As medidas foram consideradas brandas por Palmeiras e Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que levaram o caso à Fifa. Segundo a Máquina do Esporte apurou, o Palmeiras ainda conseguiu que o documento recebesse o endosso dos clubes que integram a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), do qual o clube faz parte, e também da Liga Forte União (LFU).
Luighi, ao ser substituído, viu um torcedor do Cerro Porteño, com uma criança no colo, imitar um macaco em sua direção. O atacante também foi alvo de uma cusparada dada por outro torcedor.
O jogador denunciou o crime para a arbitragem, que se recusou a tomar qualquer providência. Após o jogo, Luighi ainda teve que denunciar o caso a um repórter que apenas o questionou sobre o resultado da partida.
Mastercard
Após ficar em silêncio nos últimos dois dias, a administradora de cartões de crédito finalmente se manifestou.
“A Mastercard se posiciona contra o racismo, a violência e o discurso de ódio — tais atitudes não têm lugar no esporte ou na sociedade em geral”, informou a patrocinadora.
“Estamos em contato com a confederação de futebol e solicitamos uma visão completa das medidas planejadas para lidar com essa importante questão”, acrescentou a empresa.
Ao ser questionada que confederação seria essa, a Mastercard confirmou que fez o pedido à Conmebol.
DHL
A DHL, por sua vez, enviou uma nota apoiando o jogador palmeirense. A empresa alemã de logística se posicionou contrária a manifestações racistas como a ocorrida no jogo do Palmeiras.
“A DHL repudia qualquer forma de racismo e reforça seu compromisso com a diversidade e inclusão. Como uma empresa global, temos várias iniciativas, assim como canais de denúncias para promover um ambiente mais justo e igualitário dentro e fora do esporte”, afirmou a DHL.
Questionada se havia achado as penas impostas pela Conmebol adequadas, a empresa informou que não comentaria o assunto.