Manchester United eleva receitas em 18%, mas alcança prejuízo de € 132 milhões em 2021/2022

O Manchester United registrou um prejuízo recorde de € 132 milhões na última temporada. Mesmo com a reabertura do Estádio Old Trafford para o público, que injetou € 126 milhões nas contas do time, fazendo sua arrecadação crescer para € 667 milhões (aumento de 18% em relação ao período anterior), os ganhos não foram suficientes para cobrir o crescimento de 28% nas despesas operacionais, que alcançaram a marca de € 792 milhões. 

A elevação nos gastos foi impulsionada pelo aumento de 19% nos salários dos funcionários, chegando a € 439,5 milhões. Os investimentos no time principal, que hoje conta com estrelas como Cristiano Ronaldo, respondem por grande parte desse estouro das contas, conforme admitem os Glazers, proprietários do clube. Hoje, os gastos com folha de pagamento consomem 66% das receitas do Manchester United.

Decepções em campo

Vale lembrar que, apesar de ter aberto os cofres, o clube acumulou decepções, como a eliminação precoce na última Champions League e treinadores demitidos. As rescisões de contratos e acordos, aliás, geraram despesa excepcional de € 28,3 milhões.  

Também contribuíram para o aumento das despesas operacionais os custos para a reabertura do estádio e também a instalação de uma megaloja em Old Trafford, além de outros gastos menores. Tudo isso somado alcançou a cifra de € 134,9 milhões. Ao mesmo tempo, a depreciação do patrimônio cresceu em 21,8%, chegando a € 173,3 milhões. 

Faturamento em alta, dívida também

Em termos de faturamento, o Manchester United conseguiu demonstrar sua força, graças, sobretudo, aos seus negócios comerciais, incluindo patrocínios. Esses acordos renderam ao clube € 294,9 milhões (crescimento de 11%), superando os contratos de televisão, que tiveram queda de 16%, totalizando € 245,8 milhões.  

A dívida líquida do Manchester United continuou a subir e atingiu € 589 milhões no fim da temporada 2021/2022, o que equivale a 23% a mais em relação ao período anterior. O clube atribui o resultado financeiro ao “impacto da flutuação da libra esterlina em relação ao dólar, sobre o valor da dívida, além de uma nova disposição das nossas linhas de crédito rotativo de € 45,8 milhões”.  

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