Lionel Messi foi seduzido pelo projeto esportivo apresentado pelo Inter Miami e decidiu jogar na Major League Soccer (MLS) na próxima temporada. A proposta do time norte-americano não se limitava a pagamentos de luvas e salários. Será a primeira vez que o argentino atuará profissionalmente fora da Europa.
Fundada em 2018, a equipe, que tem David Beckham como um dos sócios, envolveu toda a estrutura da principal liga de futebol dos Estados Unidos para vencer a disputa e passar a contar com o principal jogador da última edição da Copa do Mundo da Fifa, disputada no ano passado, no Catar.
Assédio
Messi tinha oferta para se transferir para a Arábia Saudita ou para retornar ao Barcelona, que teve um plano de recuperação financeira aprovado pela LaLiga especialmente na tentativa de contar de novo com o craque.
O Al-Hilal, da Arábia Saudita, tinha oferecido um contrato de € 400 milhões por temporada ao argentino. O craque entraria na estratégia saudita de dar visibilidade à liga nacional do país, que já conta com Cristiano Ronaldo no Al-Nassr. A nação árabe tenta se tornar sede da Copa do Mundo de 2030 e também mira uma candidatura a sede dos Jogos Olímpicos no futuro.
Já o Barcelona não tinha condições financeiras de competir com a proposta do Al-Hilal e até mesmo do Inter Miami. O clube da Catalunha contava com a identificação de Messi com a equipe e a cidade. Até hoje o jogador mantém a mansão onde morava antes de se transferir para o PSG.
Adidas e Apple
Lionel Messi terá direito a participação nos lucros obtidos por dois dos principais parceiros comerciais da MLS: Adidas e Apple.
Com a marca de material esportivo, o argentino, que já é contratado da empresa alemã, ficaria com uma parte das vendas de camisas da liga. A Adidas, que possui acordo com a competição desde 1996, é fornecedora de uniforme das 29 equipes que disputam a MLS.
Já a Apple, detentora dos direitos de transmissão da MLS, repassaria parte do valor arrecadado com as vendas do MLS League Pass, serviço de streaming do torneio. Tanto Adidas como Apple se recusaram a comentar o tema.
Além dos bônus por gerar negócios para Adidas e Apple nos Estados Unidos, Messi também se tornará acionista do Inter Miami após encerrar a carreira nos gramados. Além disso, segundo o site The Athletic, o jogador também terá o direito de comprar uma franquia da liga norte-americana ao final de seu contrato.
Esportivamente falando, o argentino terá trabalho no Inter Miami. A equipe é a lanterna da Conferência Leste da MLS, com 15 pontos em 16 jogos. Contando as 29 equipes, o time da Flórida só está à frente de Colorado Rapids e Los Angeles Galaxy, ambos integrantes da Conferência Oeste.
Felizmente para o argentino, não há rebaixamento nas ligas norte-americanas, o que não complicaria as possibilidades de arrecadação do Inter Miami para a próxima temporada.