Milan e Internazionale desistem de reforma do San Siro e querem ser donos de novo estádio conjunto

Estádio San Siro é a casa de Milan e Internazionale desde 1926 e 1947, respectivamente - Reprodução

O Milan e a Internazionale desistiram da reforma do Estádio San Siro, um dos mais tradicionais do mundo do futebol. A partir de agora, o objetivo dos dois gigantes italianos é comprar terrenos suficientes para erguer uma nova construção em conjunto na mesma região.

A ideia da reforma havia surgido em fevereiro, quando os dois clubes começaram a explorar a possibilidade, trabalhando em um plano em conjunto com a cidade de Milão, que é a dona do San Siro. Segundo a agência Reuters, a construtora italiana Webuild ofereceu-se para elaborar um estudo de viabilidade, e as duas equipes passaram a estudar as diretrizes para o projeto.

No entanto, na última sexta-feira (13), o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, revelou que nem Milan nem Internazionale consideraram a proposta de reforma viável.

“Após uma análise aprofundada, os clubes concluíram que o estádio [San Siro] não pode ser reformado de forma acessível. Eles [Milan e Internazionale] não acham que seja viável e apresentaram a ideia de erguer um novo estádio na área do San Siro”, resumiu o prefeito.

Longa história

Vale lembrar que, antes de considerar a possibilidade de reforma do San Siro, o Milan chegou a revelar planos, em setembro do ano passado, para construir um novo local com capacidade para 70 mil lugares. Enquanto isso, a Internazionale teria considerado um novo local para erguer um estádio próprio em Assago, uma comuna italiana que fica na província de Milão.

Um mês antes disso, os clubes também chegaram a considerar demolir o San Siro e construir um novo estádio no mesmo espaço, mas a Comissão Regional do Patrimônio Cultural da Lombardia, órgão responsável por supervisionar o patrimônio histórico na região do norte da Itália, considerou o local de “interesse cultural”, o que significa que ele não pode ser demolido.

Novo estádio

Depois de tudo isso, o proprietário do Milan, Gerry Cardinale, afirmou, no início deste ano, que deseja construir uma nova casa para o time e ainda criar uma empresa para construir também novos estádios para outros times da Serie A. Com o veto à reforma do San Siro, essa possibilidade ganha mais força, ainda mais com a possibilidade de envolver o arquirrival na história.

“Vamos tentar trazer um estádio no estilo americano e um campus de entretenimento de eventos ao vivo para Milão. De todas as cidades da Europa, minha premissa de uma parceria de fusão entre esporte, música e eventos ao vivo para os torcedores, Milão é o lugar perfeito para isso. E é isso que vamos nos esforçar para construir”, disse o dirigente.

O Milan e a Internazionale acreditam que um novo estádio, mais moderno e do qual os dois seriam os proprietários (diferentemente do San Siro, que pertence à cidade de Milão), seria vital para aumentar as receitas comerciais. A dupla joga no San Siro desde 1926 e 1947, respectivamente.

Se algum dos clubes (ou os dois juntos) construir um novo estádio, seria a primeira arena de futebol construída na Itália desde 2011, quando a Juventus inaugurou o Allianz Stadium, com capacidade para 40 mil lugares, em Turim.

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