Ministérios da Igualdade de Brasil e Espanha pedem punição a atos racistas contra Vinícius Júnior

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, cobra punição a atos racistas contra Vini Jr. - Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Os ministérios da Igualdade Racial do Brasil e da Igualdade da Espanha assinaram, nesta terça-feira (23), uma nota conjunta sobre os repetidos casos de racismo contra o atacante Vini Jr., do Real Madrid, o mais recente dos quais aconteceu no Estádio Mestalla, em Valência, no último domingo (21).

A nota condena ainda o racismo como uma grave violação dos direitos humanos e “perpetua a desigualdade e a discriminação em todos os âmbitos da sociedade”. No texto, as autoridades exigem providências.

“É obrigação de todas as instituições competentes responderem com a maior diligência para agir contra este e todos os casos que ocorrem no campo desportivo e que não podem ficar impunes, garantindo o acompanhamento, proteção e reparação das vítimas desses crimes”, afirma a nota.

Ministério Público

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou que o Ministério Público da Espanha já foi informado sobre o comunicado conjunto para investigar o caso.

“[Eles] foram notificados, e a gente vai acompanhando e dando seguimento a tudo que a gente falou ontem [segunda-feira (22)]. Agora, é questão de honra. Para que, além de combater, essas pessoas racistas sejam identificadas e punidas devidamente”, afirmou Anielle.

A ministra destacou o fato de sete pessoas já terem sido presas na Espanha acusadas de envolvimento em outro episódio de racismo contra Vinícius Júnior. Em janeiro, um boneco suspenso e enforcado representando o atacante brasileiro foi pendurado em um viaduto próximo ao Estádio Cívitas Metropolitano, do Atlético de Madrid.

Acordo

Vale lembrar que, coincidentemente, no último dia 9 de maio, os ministérios da Igualdade Racial do Brasil e da Igualdade da Espanha haviam assinado, em Madri, um memorando de entendimento de combate ao racismo, à xenofobia e a formas correlatas de discriminação.

Um dos destaques do acordo foi a previsão de que os países “dediquem atenção especial à luta contra o racismo nas atividades esportivas”.

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