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Monza é vendido a grupo dos EUA e família Berlusconi dá adeus ao futebol da Itália

Negociação com o fundo Beckett Layne Ventures será realizada em duas etapas e deverá estar concluída até 2026

Silvio Berlusconi (à esquerda) celebra o acesso do Monza à Serie A, em 2022 - Divulgação

Durante quase 40 anos, o sobrenome Berlusconi esteve visceralmente associado ao futebol da Itália. Tudo começou em 1986, quando Silvio – patriarca da família, morto no ano retrasado – adquiriu o Milan.

O clube, que já era uma potência europeia, foi alçado à condição de mais mais vencedor do mundo nas décadas seguintes, graças aos investimentos feitos pelo político e magnata.

Em 2018, depois de haver vendido um Milan já decadente ao grupo chinês ao grupo chinês Rossoneri Sport Investment Lux, por € 740 milhões, Silvio Berlusconi adquiriu o Monza, conseguindo levar a equipe à Serie A, da Itália. O time disputou a primeira divisão justamente em 2023, ano da morte de seu proprietário.

Agora a presença de Berlusconi no futebol italiano está bem próxima do fim. Nesta semana, a família do ex-primeiro-ministro confirmou a venda de sua participação no Monza para o fundo de investimentos norte-americano Beckett Layne Ventures.

Os valores da operação não foram divulgados. O negócio será concretizado em duas etapas. Na primeira delas, a família Berlusconi transferirá 80% da propriedade ao Beckett Layne Ventures de maneira imediata. Os 20% restantes serão repassados até 2026.

O Grupo Fininvest, da família Berlusconi, seguirá tendo assentos no Conselho de Administração do Monza, mas sem direito a voto.

A compra do Monza (que caiu para a Serie B na temporada 2024/2025, após terminar em último lugar na classificação geral) pelo Beckett Layne Ventures representa mais uma investida de grupos dos Estados Unidos sobre clubes europeus. Em tempos recentes, equipes de diferentes países como Chelsea, Lyon e o próprio Milan passaram para o controle de empresas norte-americanas.

Atualmente, o clube é propriedade da RedBird Capital Partners, dos Estados Unidos, que pagou € 1,2 bilhão pela equipe italiana.

Sob o comando de Berlusconi, o Milan conquistou 29 troféus em 31 anos, sendo oito da Serie A, cinco da Champions League, três do Mundial de Clubes e sete da Supercopa da Itália.

Após a saída do dirigente, o clube ganhou uma Serie A (2021/2022) e uma Supercopa da Itália (2024/2025).