Ministério Público da Espanha pede 2 anos e meio de prisão a Luis Rubiales por beijo em Jenni Hermoso

Luis Rubiales beija Jenni Hermoso durante premiação da Copa do Mundo Feminina 2023 - Reprodução

O Ministério Público (MP) da Espanha pediu, nesta quarta-feira (27), dois anos e meio de prisão a Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), por agressão sexual e coação pelo beijo forçado dado em Jenni Hermoso, jogadora da seleção espanhola.

O caso aconteceu em agosto de 2023, após a final da Copa do Mundo Feminina, vencida pela Espanha. Durante as comemorações, Rubiales foi ao gramado para cumprimentar as jogadoras e, ao chegar em Jenni Hermoso, segurou sua cabeça e a beijou na boca.

Segundo o jornal espanhol Marca, o MP também pediu para que Rubiales seja proibido de trabalhar em qualquer área esportiva durante o cumprimento de sua pena. Além disso, solicitou que ele fique em liberdade condicional por dois anos e não tenha qualquer contato com Jenni Hermoso, mantendo-se a mais de 200m de distância dela, por quatro anos.

O órgão pediu também um ano e meio de prisão para outras três pessoas pelo crime de coação: Jorge Vilda, ex-técnico da seleção espanhola feminina; Rubén Rivera, ex-diretor de marketing da federação; e Albert Luque, diretor da seleção masculina.

De acordo com a acusação, Rubiales coagiu Hermoso para que ela se pronunciasse a favor dele, eximindo-o da agressão sexual. O Ministério Público afirmou que o ex-presidente, bem como os outros três acusados, chegaram a pressionar a família da jogadora para tentar convencê-la.

Corrupção

Além do pedido de prisão emitido nesta quarta-feira (27), Rubiales também está sendo investigado por um suposto esquema de corrupção envolvendo alguns contratos assinados por ele durante sua gestão na RFEF.

Há uma semana, a polícia espanhola executou uma busca no escritório do ex-presidente da entidade, bem como em outros dez endereços espalhados pelo país. Rubiales, porém, não acompanhou a operação, já que está na República Dominicana, de onde afirmou pretender voltar apenas no dia 6 de abril.

Entre os alvos da investigação, está o contrato de transferência da Supercopa da Espanha para a Arábia Saudita. 

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