O Newcastle, da Premier League, registrou um prejuízo de £ 73,4 milhões (aproximadamente R$ 454,36 milhões, pela cotação atual) no balanço financeiro referente a 2022/2023.
Apesar do déficit, o faturamento do clube inglês cresceu 39% em comparação ao ano anterior, atingindo £ 250,3 milhões, em contraste com os £ 180 milhões do mesmo período.
Além disso, o clube saiu do prejuízo operacional. Anteriormente, havia um déficit de £ 26,4 milhões, que foi revertido para um lucro de £ 20,1 milhões.
Onde a conta não fechou
No entanto, os custos de amortização de jogadores aumentaram para £ 89,3 milhões, contribuindo para o prejuízo geral, mas sem ultrapassar as regras de Fair Play Financeiro do Campeonato Inglês.
Documentos também indicam que o clube concedeu um empréstimo de mais de £ 1,2 milhão para uma das sócias do Newcastle, Amanda Staveley, relacionados a “taxas legais” não especificadas.
Os resultados não incluem a projeção para 2023/2024, onde se espera uma receita de pelo menos £ 37 milhões pela participação na Champions League desta temporada. Os aportes dos novos patrocinadores, Sela e Adidas, também não foram contabilizados.
O diretor esportivo, Dan Ashworth, afirmou anteriormente que gastar £ 200 milhões por ano em jogadores é “insustentável”, levantando a possibilidade de que o Newcastle venda alguns jogadores para angariar fundos na próxima janela de transferências.
Investimento árabe
Em 2021, 80% do Newcastle foi adquirido pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), tornando-se um dos clubes de futebol mais ricos do mundo. No entanto, como todas as equipes da Premier League, o clube deve operar dentro das regras de lucro e sustentabilidade.
“Para colocar em perspectiva, queremos ser um clube sustentável entre os seis primeiros [em receita]. A receita total do Tottenham foi de £ 440 milhões. Estamos em £ 250 milhões, então há um grande passo até lá”, disse Darren Eales, CEO do Newcastle. “Também vimos que o Manchester City tem £ 710 milhões em receita em suas últimas contas. Há um longo caminho a percorrer”, finalizou.