Palmeiras aciona polícia contra gestora do Allianz Parque por dívida de quase R$ 128 milhões

Vista do Estádio Allianz Parque, casa do Palmeiras - Reprodução / Instagram (@palmeiras)

O Palmeiras abriu um Boletim de Ocorrência (BO) contra a Real Arenas, braço da WTorre que gere o Estádio Allianz Parque. O caso está sendo investigado pela 23ª Delegacia de Polícia de São Paulo.

Segundo o clube, a empresa pagou os valores devidos por apenas sete meses desde a inauguração da arena, em 2014. Por causa disso, a suposta dívida da gestora do estádio com o Palmeiras já teria chegado a quase R$ 128 milhões (R$ 127.972.784,97), em valores atualizados até março deste ano.

O time alviverde acusa a Real Arenas de apropriação indébita e associação criminosa. O débito está sendo cobrado na 29ª Vara Civil da Comarca de São Paulo. Segundo o Palmeiras, a empresa desrespeitou “reiterada e insistentemente, de forma unilateral, o contrato firmado entre as partes, causando enorme prejuízo financeiro ao clube”.

Outro lado

Nesta terça-feira (30) à noite, a Real Arenas havia divulgado um comunicado dizendo que não tem conhecimento do inquérito policial solicitado pelo Palmeiras. A empresa atacou nominalmente a presidente do clube paulista, Leila Pereira.

“A dirigente tem desrespeitado de forma reiterada as decisões do Tribunal de Arbitragem, que tramita sob sigilo, e tenta atingir de forma injustificável a reputação da empresa parceira da SEP [sigla de Sociedade Esportiva Palmeiras]. Esse novo e despropositado ataque não condiz com a gestão séria da Real Arenas, que investiu na construção do Allianz Parque, reconhecida como melhor arena da América Latina”, declarou a gestora do estádio.

A Real Arenas afirmou que houve negociações pacíficas nos últimos anos e que a abertura de um Boletim de Ocorrência fez com que esse clima amistoso chegasse ao fim. A empresa, que chamou a cobrança da possível dívida com o clube de “informação falsa”, também lembrou que a Crefisa, empresa de Leila Pereira, é cliente da Real Arenas.

“Também nos causa profunda estranheza que este novo factoide aconteça com a ordem de alguém que é cliente Real Arenas na locação de camarotes e dos serviços para operação deles de forma ininterrupta desde 2017, como gestora da Crefisa”, destacou a nota.

Após o comunicado do Palmeiras, nesta quarta-feira (31), a Real Arenas não se pronunciou mais. Este texto será atualizado, caso a empresa volte a se manifestar.

Sair da versão mobile