A venda de jogadores impulsionou uma arrecadação recorde do Palmeiras em 2024. Segundo o balanço apresentado na noite desta terça-feira (25) ao Conselho de Orientação Fiscal (COF), o clube conseguiu um total de R$ 1.207.361.000 na última temporada. O COF aprovou na mesma data as contas de dezembro.
Esse montante, superior a R$ 1,2 bilhão pela primeira vez na história do Verdão, foi favorecido pela negociação de atletas ao longo da temporada. Esse segmento foi responsável por uma arrecadação de R$ 440,349 milhões. O número representa 36,5% de tudo que o Palmeiras ganhou ao longo do ano.
A principal venda de 2024 foi do atacante Estêvão para o Chelsea por € 61,5 milhões (R$ 373,139 milhões, em valores atuais). Esse montante, porém, não foi pago à vista.
Também representaram boas vendas Luis Guilherme para o West Ham (€ 30 milhões), Artur para o Zenit (€ 18 milhões) e Kevin para o Shakhtar Donetsk (€ 15 milhões).
As receitas com vendas de atletas foram superiores a outros segmentos historicamente bastante rentáveis nas finanças do clube, como direitos de TV (R$ 170,868 milhões ou 14,2%) e patrocínios (R$ 142,976 milhões ou 11,8%).
Real Arenas
As rendas diversas, das quais a principal vem do acordo com a Real Arenas para exploração do Allianz Parque, foram responsáveis por R$ 155,908 milhões das receitas líquidas (12,9%).
Esse quesito também foi favorecido no ano passado graças a um acordo para colocar fim às disputas judiciais entre as partes. A gestora do estádio concordou com o pagamento de R$ 117,1 milhões pelas dívidas que tinha com o clube (houve deságio de 26,8%). Desse montante, R$ 50,1 milhões foram quitados à vista.
Outros
Abaixo desses, há outros segmentos que representam boa diversidade de arrecadação do clube, embora todos tenham ficado abaixo dos 10% do total. São eles: programa Avanti de sócio torcedor (R$ 74,192 milhões ou 6,1%), clube social (R$ 67,659 milhões ou 5,6%), premiações (R$ 63,329 milhões ou 5,2%), matchday (R$ 52,805 milhões ou 4,4%) e produtos licenciados e franquias, dos quais um dos principais acordos é o Palmeiras Pay, banco digital tocado em parceria com a Pefisa (R$ 36,634 milhões ou 3%).
Por fim, uma parcela ínfima da arrecadação veio do Timemania e outras formas de jogos (R$ 1,854 milhão ou 0,2%) e dos departamentos de esporte amador (R$ 792 mil ou 0,1%).