Nesta terça-feira (21), teve início o Paulistão Feminino A1 2024, principal campeonato estadual da modalidade no país. Para se ter uma ideia, das últimas 11 edições do Brasileirão Feminino A1, que teve início em 2013, nada menos que dez foram vencidas por equipes de São Paulo.
Esse predomínio, aliado à presença de times que possuem algumas das maiores torcidas do país, como Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos, faz com que a competição organizada pela Federação Paulista de Futebol (FPF) atraia a atenção de grandes marcas e emissoras.
O jogo inaugural do Paulistão Feminino 2024 foi entre São José e Red Bull Bragantino, que empataram em 0 a 0. Às 19h30 (horário de Brasília), será a vez do atual campeão, o Corinthians (maior vencedor do torneio, ao lado do Santos, com quatro troféus), ir a campo contra o Taubaté.
História
O Paulistão Feminino foi realizado pela primeira vez em 1984. Vale lembrar que, até o fim dos anos 1970, vigorou no Brasil um decreto-lei que proibia a prática da modalidade pelas mulheres.
O primeiro vencedor da competição foi o Juventus, que faturou inclusive a primeira edição oficial, promovida em 1987 pela FPF.
Porém, nessa fase inicial, a competição enfrentou os mesmos percalços que o futebol feminino lidou para se firmar no Brasil. Depois dessa edição pioneira de 1987, apenas na década seguinte, em 1997, a federação voltaria a reeditar o Paulistão Feminino, reunindo, além dos quatro grandes do estado, equipes universitárias, algumas delas em parceria com clubes tradicionais como Portuguesa e Juventus.
Em 2002 e 2003, o Paulistão Feminino teria um novo hiato, até ser retomado em 2004, sob a organização da Secretaria Estadual da Juventude, Esporte e Lazer, com apoio da FPF.
A partir daí, o campeonato não sofreu mais interrupções. Em 2009, a organização retornou para as mãos da FPF, com quem permanece até os dias atuais.
Clubes participantes
O Paulistão Feminino A1 2024 conta com 11 equipes participantes. São elas: Corinthians, Ferroviária, Marília, Palmeiras, Pinda, Realidade Jovem, Red Bull Bragantino, Santos, São José, São Paulo e Taubaté.
Na primeira fase, os times se enfrentarão em turno único. Cada rodada terá cinco jogos, com a participação de dez times e um folgando. As quatro equipes mais bem colocadas se classificarão para as semifinais.
A fase decisiva (incluindo a final) será com jogos de ida e volta.
Patrocinadores
O Paulistão Feminino tem o Sicredi como detentor dos naming rights. Esta é a primeira vez que uma marca assume essa propriedade na competição.
A cooperativa de crédito também dá nome às demais competições da FPF, incluindo a Série A1 do Paulistão Masculino.
Entre as outras marcas patrocinadoras do Paulistão Feminino estão Assaí, Centauro, MrJack.bet e Novibet.
Transmissão e premiações
Além das marcas, o Paulistão Feminino também movimenta as plataformas de transmissão. Seguindo o modelo de pulverização do sinal adotado no Paulista Masculino, os direitos da competição estão divididos entre diversas empresas, garantindo que 100% dos jogos sejam exibidos ao vivo.
O Grupo Globo detém os direitos do Paulistão Feminino para a TV por assinatura (Sportv), podendo também exibir em sinal aberto, na TV Globo (que atualmente está de fora do estadual masculino).
A TNT também transmitirá a competição na TV fechada, enquanto a Record News, a principal novidade deste ano, exibirá o Paulistão Feminino em sinal aberto.
Vale lembrar que a Record é parceira da FPF no estadual masculino, detendo a exclusividade na TV aberta.
O streaming também será uma das apostas do Paulistão Feminino. Além de estar disponível no canal da FPF no YouTube, a competição será transmitida pela Centauro, que é uma das patrocinadoras da edição deste ano, em uma parceria iniciada em 2022.
As exibições ocorrerão no YouTube da marca e também no Camisa 21, canal de futebol da NWB.
“O conteúdo de futebol feminino é riquíssimo e gera visibilidade para a categoria durante o campeonato. Nossa proposta é expandir a narrativa para conteúdos que envolvam a modalidade como um todo, trazendo curiosidades, históricos e informações aprofundadas”, afirmou Ana Mayumi, coordenadora de conteúdo da NWB.
Para este ano, a FPF deverá distribuir um total de R$ 3,2 milhões às equipes do Paulistão Feminino A1. A quantia é considerada um recorde para o torneio.