Por valores mais altos, Fifa rejeita propostas de emissoras pela Copa do Mundo Feminina

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) resolveu jogar duro nas negociações pelos direitos de transmissão da Copa do Mundo Feminina de Futebol, que será realizada no ano que vem. A entidade rejeitou as propostas das emissoras pelo torneio, alegando que os valores apresentados seriam baixos demais.  

“Este não é um caso de ser precificado, mas sim uma prova da falta de vontade das emissoras de pagar o que o jogo feminino merece”, afirmou Romy Gai, representante da Fifa, em entrevista concedida à Bloomberg.  

Entre as ofertas recusadas pela Fifa estão algumas feitas por emissoras da Alemanha, Reino Unido e França.

“Os números da audiência mostram que a Copa do Mundo Feminina de 2019, na França, foi um catalisador para a mudança em termos de audiência de TV”, disse Gai. 

Sucesso da última Copa

A Fifa tenta capitalizar o sucesso da Copa do Mundo Feminina de 2019, realizada na França e que atraiu um interesse considerável na TV.

“Um combinado de 1,12 bilhão de espectadores estiveram sintonizados na cobertura oficial da transmissão em todas as plataformas da final entre Estados Unidos e Holanda, que se tornou a partida mais assistida da Copa do Mundo Feminina da Fifa de todos os tempos”, lembrou o executivo da entidade que comanda o futebol mundial. 

A próxima Copa do Mundo Feminina terá como sedes Austrália e Nova Zelândia, e contará com 32 seleções. A expectativa da entidade é ampliar o faturamento do torneio, especialmente com os direitos de TV.  

Fuso horário

Um entrave para esses planos, porém, está no fuso horário das sedes, que fará com que a transmissão dos jogos para o Ocidente acabe caindo ou na madrugada (quando muita gente está dormindo) ou no período da manhã (em que as pessoas costumam estar no trabalho).

Esse fator pode explicar a cautela das emissoras ao apresentarem propostas pela exibição do torneio. Apesar desse cenário, a Fifa tem demonstrado confiança de que conseguirá valores mais altos com a venda das transmissões.

“Sabemos que a oportunidade para o futebol feminino está lá. Agora, juntos, precisamos capturá-la”, finalizou Gai.  

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