O sonho do Paris Saint-Germain de comprar o Estádio Parque dos Príncipes, local em que manda seus jogos em casa na capital francesa, está cada vez mais distante. No último sábado (14), em entrevista ao jornal Le Parisien, a atual prefeita de Paris, Anne Hidalgo, se posicionou de maneira firme e disse que o estádio, pertencente à Câmara Municipal da cidade, não está à venda.
“Muito claramente, o Parque dos Príncipes não está à venda. E não será vendido. Esta é uma posição firme e definitiva. Esta é uma herança excepcional dos parisienses”, ressaltou a prefeita.
De acordo com o site britânico SportBusiness, em novembro do ano passado, o PSG começou a cogitar a hipótese de deixar de mandar seus jogos no Parque dos Príncipes, o que faz desde 1974, e passar a fazê-lo no Stade de France. O motivo seria a limitação de público imposta pela atual casa, que comporta até 48 mil espectadores, enquanto o palco da final da Copa do Mundo de 1998 pode receber mais de 81 mil torcedores.
Nos bastidores, essa possibilidade de mudança foi vista como uma espécie de ameaça por conta da falta de movimentação da prefeitura para vender o Parque dos Príncipes ao clube. O PSG já investiu € 85 milhões no estádio nos últimos anos e tem um projeto de gastar mais € 500 milhões para expandir a capacidade para 60 mil lugares. No entanto, já revelou que só fará isso se o local for propriedade do clube.
Após a declaração de Anne Hidalgo ao Le Parisien, o PSG divulgou uma nota e, mais uma vez, ameaçou deixar o Parque dos Príncipes.
“Todos perdem na posição assumida pela prefeita. O Paris Saint-Germain agora é forçado a encontrar opções alternativas para realocar o clube, privando Paris de um grande investimento por sua atratividade. Este não é o resultado que o clube ou seus torcedores esperavam”, afirmou o PSG.
“Ao encerrar definitivamente as negociações de aquisição que começaram há muito tempo e ao recusar nosso investimento muito significativo para renovar o Parque dos Príncipes, a prefeita está forçando o PSG a deixar sua casa e impondo uma carga tributária de vários milhões de euros aos contribuintes parisienses”, completou o clube, que atualmente é presidido pelo catariano Nasser Al-Khelaifi.
Ao Le Parisien, Anne Hidalgo ainda disse que a cidade prefere discutir uma possível renegociação do contrato de aluguel do PSG. O atual acordo de 30 anos teve início em 2014. Ela acrescentou “que é claro que é necessário apoiar o PSG em seu desejo e necessidade de renovação, aumento de capacidade e modernização do Parque dos Príncipes”.