O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, afirmou, nesta sexta-feira (25), que não renunciará ao cargo, após a polêmica envolvendo um beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso, durante a celebração do título espanhol na Copa do Mundo Feminina da Fifa.
Rubiales, que tem mandato até 2024, declarou, durante a Assembleia Geral Extraordinária convocada pela RFEF, que o beijo foi consentido e questionou a validade dos diversos pedidos de renúncia que vem recebendo.
“Sei que estava errado sobre isso. Mas você acha que isso é suficiente para sofrer com a caçada pela qual estou passando?”, perguntou o mandatário.
Em um trecho da Assembleia, publicado pela própria RFEF na plataforma OneFootball, é possível ver o público, formado por dirigentes de federações regionais (e majoritariamente masculino) aplaudindo Rubiales, enquanto o presidente exclamava, ao menos cinco vezes: “Não vou renunciar!”.
Sem consenso
Vítima, a atacante Jenni Hermoso também emitiu um comunicado nesta sexta-feira (25), afirmando que o beijo não foi consensual.
“As palavras do senhor Rubiales ao explicar o infeliz incidente são categoricamente falsas e fazem parte da cultura manipuladora que ele mesmo gerou”, disse a jogadora, que também classificou o ato de Rubiales como “impulsivo, machista, fora do lugar e sem qualquer tipo de consentimento”.
Também nesta sexta-feira (25), mais cedo, o sindicato FutPro, que representa a atacante, publicou um documento assinado por todas as 23 campeãs do mundo e mais uma série de jogadoras, afirmando que nenhuma das signatárias voltará a vestir a camisa da seleção da Espanha enquanto Rubiales e os atuais dirigentes permanecerem nos cargos que ocupam. Na carta, Hermoso reafirmou que o beijo não foi consentido.
Justiça
Diante da repercussão global do caso, Víctor Francos, presidente do Conselho Superior do Desporto (CSD), órgão ligado ao Ministério da Cultura e Esporte da Espanha, encaminhou o caso ao Tribunal Administrativo do Desporto (órgão equivalente ao STJD do Brasil). No despacho, Francos pediu a suspensão de Rubiales do cargo. O caso já foi apresentado e, até o fechamento desta matéria, não houve uma data anunciada para o julgamento.
Diante da situação, diversas instituições, clubes e atletas da Espanha emitiram comunicados condenando a fala e a atitude de Rubiales, bem como expressando apoio à ação que pede a suspensão do dirigente.
Os dois maiores clubes do país, Barcelona e Real Madrid, puxaram o bonde que veio seguido por equipes como Sevilla e Espanyol, além de atletas e ex-atletas, tanto homens como mulheres, como Alexia Putellas, David de Gea e Iker Casillas.
“Nosso clube apoia integralmente a decisão apresentada pelo Conselho Superior do Desporto. A partir de agora, o Real Madrid confia plenamente nas ações levadas aos órgãos competentes”, publicou o clube da capital espanhola.
“O Barcelona quer deixar bem claro que considera totalmente inadequada e infeliz a atuação do presidente da RFEF durante a celebração da Copa do Mundo conquistada pela seleção espanhola feminina. São fatos que consideramos lamentáveis, que o próprio Sr. Rubiales considerou um erro e pelos quais pediu desculpas”, divulgou, em nota, a equipe catalã.
O Sevilla foi além e publicou um comunicado mais contundente:
“O Sevilla não se sente representado pelo máximo dirigente do futebol espanhol e de fato estamos ativos na luta contra estas atitudes. Luis Rubiales deveria renunciar”.
O portal brasileiro especializado em futebol feminino Dibradoras compilou as principais declarações emitidas por atletas e ex-atletas em apoio a Jenni Hermoso.
O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, afirmou, nesta sexta-feira (25), que não renunciará ao cargo, após a polêmica envolvendo um beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso, durante a celebração do título espanhol na Copa do Mundo Feminina da Fifa.
Rubiales, que tem mandato até 2024, declarou, durante a Assembleia Geral Extraordinária convocada pela RFEF, que o beijo foi consentido e questionou a validade dos diversos pedidos de renúncia que vem recebendo.
“Sei que estava errado sobre isso. Mas você acha que isso é suficiente para sofrer com a caçada pela qual estou passando?”, perguntou o mandatário.
Em um trecho da Assembleia, publicado pela própria RFEF na plataforma OneFootball, é possível ver o público, formado por dirigentes de federações regionais (e majoritariamente masculino) aplaudindo Rubiales, enquanto o presidente exclamava, ao menos cinco vezes: “Não vou renunciar!”.
Sem consenso
Vítima, a atacante Jenni Hermoso também emitiu um comunicado nesta sexta-feira (25), afirmando que o beijo não foi consensual.
“As palavras do senhor Rubiales ao explicar o infeliz incidente são categoricamente falsas e fazem parte da cultura manipuladora que ele mesmo gerou”, disse a jogadora, que também classificou o ato de Rubiales como “impulsivo, machista, fora do lugar e sem qualquer tipo de consentimento”.
Também nesta sexta-feira (25), mais cedo, o sindicato FutPro, que representa a atacante, publicou um documento assinado por todas as 23 campeãs do mundo e mais uma série de jogadoras, afirmando que nenhuma das signatárias voltará a vestir a camisa da seleção da Espanha enquanto Rubiales e os atuais dirigentes permanecerem nos cargos que ocupam. Na carta, Hermoso reafirmou que o beijo não foi consentido.
Justiça
Diante da repercussão global do caso, Víctor Francos, presidente do Conselho Superior do Desporto (CSD), órgão ligado ao Ministério da Cultura e Esporte da Espanha, encaminhou o caso ao Tribunal Administrativo do Desporto (órgão equivalente ao STJD do Brasil). No despacho, Francos pediu a suspensão de Rubiales do cargo. O caso já foi apresentado e, até o fechamento desta matéria, não houve uma data anunciada para o julgamento.
Diante da situação, diversas instituições, clubes e atletas da Espanha emitiram comunicados condenando a fala e a atitude de Rubiales, bem como expressando apoio à ação que pede a suspensão do dirigente.
Os dois maiores clubes do país, Barcelona e Real Madrid, puxaram o bonde que veio seguido por equipes como Sevilla e Espanyol, além de atletas e ex-atletas, tanto homens como mulheres, como Alexia Putellas, David de Gea e Iker Casillas.
“Nosso clube apoia integralmente a decisão apresentada pelo Conselho Superior do Desporto. A partir de agora, o Real Madrid confia plenamente nas ações levadas aos órgãos competentes”, publicou o clube da capital espanhola.
“O Barcelona quer deixar bem claro que considera totalmente inadequada e infeliz a atuação do presidente da RFEF durante a celebração da Copa do Mundo conquistada pela seleção espanhola feminina. São fatos que consideramos lamentáveis, que o próprio Sr. Rubiales considerou um erro e pelos quais pediu desculpas”, divulgou, em nota, a equipe catalã.
O Sevilla foi além e publicou um comunicado mais contundente:
“O Sevilla não se sente representado pelo máximo dirigente do futebol espanhol e de fato estamos ativos na luta contra estas atitudes. Luis Rubiales deveria renunciar”.
O portal brasileiro especializado em futebol feminino Dibradoras compilou as principais declarações emitidas por atletas e ex-atletas em apoio a Jenni Hermoso.