Com o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro garantido, o Santa Cruz terá um investimento mínimo de R$ 36 milhões destinado ao departamento de futebol em 2026. A informação foi divulgada por Iran Barbosa, um dos investidores da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, durante participação na “Live do Embolada”, nesta terça-feira (9).
O montante representa uma média de R$ 3 milhões mensais e supera em quase R$ 20 milhões a receita bruta registrada pelo clube em 2024, que foi de R$ 16,9 milhões.
Naquele ano, o Santa Cruz não disputou competições nacionais e teve o futebol profissional paralisado em março, logo após o fim de sua participação no Campeonato Pernambucano.
Planejamento
Segundo Barbosa, o clube começou a estudar jogadores das Séries A, B e C com foco na próxima temporada.
“Já existem jogadores das Séries A, B e C monitorados pela equipe técnica, e essa discussão de plantel já está sendo feita”, declarou o executivo.
“É importante que a gente termine primeiro o nosso objetivo agora, que é ganhar a Série D, para depois termos três meses de tranquilidade para montar o futebol”, completou.
O investidor também informou que o último aditamento do contrato da SAF foi assinado, restando apenas os trâmites no Conselho Deliberativo e na Assembleia Geral de Sócios para a formalização da nova gestão.
Projeção
A projeção de R$ 36 milhões é o valor mínimo previsto para o futebol do Santa Cruz em 2026, podendo ser ampliado ao longo da temporada.
Em caso de acesso à Série B, o investimento mínimo sobe para R$ 52 milhões. Se o clube disputar a Série A, o valor projetado é de R$ 100 milhões.
“Serão R$ 36 milhões de folha garantida para a Série C. Então será um time bem mais competitivo. E R$ 36 milhões, para se ter uma ideia, já é bem próximo do que alguns clubes pagam na Série A de folha”, comparou.
Barbosa também destacou que a estrutura da SAF permite maior previsibilidade orçamentária.
“Se o Santa Cruz tivesse tentado trazer o [Thiago] Galhardo antes do anúncio da SAF, ou ele não viria, ou o valor seria muito maior porque ele saberia que podia passar dois, três meses para receber”, avaliou.
“Em um ambiente de confiança, ele vem e aceita receber menos”, concluiu.