O Santos firmou um acordo com a Portuguesa para mandar jogos do Campeonato Paulista do ano que vem no Estádio do Canindé, em São Paulo. O entendimento entre os presidentes Antonio Carlos Castanheira (Portuguesa) e Andrés Rueda (Santos) aconteceu nesta terça-feira (1º), pouco antes do evento de apresentação do Paulistão 2023.
A parceria foi costurada pela Federação Paulista de Futebol (FPF), que se comprometeu a realizar reformas na iluminação e nos vestiários do Canindé para o local estar apto aos jogos. Para quitar o valor das obras, 15% do aluguel que o Santos pagará à Lusa será transferido diretamente à federação.
“O Santos vai fazer no mínimo de quatro a cinco jogos do Paulistão no Canindé. Vai depender do que o Rueda decidir e do calendário de partidas”, afirmou Castanheira à Máquina do Esporte.
A ideia é que Santos e Portuguesa tenham mandos de jogos invertidos para que possam utilizar o estádio de maneira alternada.
“Será a nossa casa, um local de fácil acesso, que facilitará muito o engajamento da nossa torcida”, disse Rueda, que se comprometeu a jogar ao menos uma vez por mês no Canindé durante a temporada 2023, o que abarcaria jogos do Brasileirão e da Copa Sul-Americana, caso o time garanta vaga na competição continental.
Pelo sorteio do Paulistão, o Santos ficou no Grupo A, junto de Botafogo, Inter de Limeira e Red Bull Bragantino. Já a Portuguesa, que retornará à elite do Campeonato Paulista em 2023, ficou na Chave D, com Palmeiras, Santo André e São Bernardo.
Aproximação
Por outro lado, a parceria pode render à Portuguesa o empréstimo de jogadores que não estão sendo aproveitados pelo Santos. A ideia de Antonio Carlos Castanheira é viajar a Santos até a semana que vem com Toninho Cecílio, executivo de futebol da Lusa, para conversar com Rueda sobre a possibilidade de contar com reforços.
“Fazer essa parceria para nós vai ser fundamental. A gente precisa mesclar um pouco a juventude com alguns jogadores experientes para fazer um time equilibrado. E o Santos tem jovens promessas, jogadores que de repente não vão ser aproveitados, que poderiam jogar na Portuguesa”, revelou o presidente do time do Canindé.
Objetivos
A meta da Portuguesa é conseguir permanecer na primeira divisão, mesmo com um dos orçamentos mais baixos do Paulistão. O clube terá entre R$ 11 milhões e R$ 12 milhões para gastar com elenco e demais despesas.
“Vamos tentar fazer um bom campeonato para buscar classificação para o Brasileiro [Série D] já no Campeonato Paulista. Não vamos iludir o torcedor e falar que a Portuguesa vai ser aquela da década de 1970, 1980 e 1990, que brigava com os grandes. A gente tem que ser verdadeiro”, ponderou o dirigente.