O São Paulo lançou, em parceria com a Galapagos Capital e a Outfield, um fundo de investimento com o objetivo de captar no mercado R$ 240 milhões que substituiriam a maior parte da dívida do clube com bancos.
A iniciativa será votada na noite desta terça-feira (1º) pelo Conselho Deliberativo do clube paulista. Caso a realização do fundo seja aprovada, a diretoria são-paulina vê duas vantagens em relação aos débitos que possui com instituições bancárias neste momento.
Uma delas é a unificação da maior parte dessas dívidas, o que é visto pelo departamento financeiro do São Paulo como mais fáceis de gerir, além do fato de não ter que lidar diretamente com vários bancos. Esses débitos teriam um prazo de quatro anos para serem quitados.
Presidente fala
Julio Casares, presidente do São Paulo, se pronunciou sobre o tema nas próprias redes sociais. Segundo o dirigente, em seu primeiro mandato, ele buscou melhorar a autoestima do torcedor são-paulino, focando na conquista de títulos. Agora, a ideia é melhorar a questão da dívida do clube.
“Agora, num segundo tempo, teremos que focar na recuperação financeira do São Paulo. Um trabalho a longo prazo num fundo de investimento dedicado ao São Paulo Futebol Clube para que todos nós, são-paulinos, possamos dar um passo à profissionalização e ter daqui quatro anos e meio um clube preparado para competir ainda com mais força e ter uma dívida equacionada”, destacou Casares.
“Com a participação dos conselheiros, dos sócios, dos torcedores e de toda a diretoria, estaremos avançando. (…) Sobretudo através desse fundo de investimento dedicado da Galapagos é que nós vamos atrair investidores”, acrescentou o dirigente.
Para poder quitar suas dívidas bancárias, o São Paulo oferecerá uma série de contrapartidas aos investidores, como ser proibido de contrair novos débitos, controle de custos e limite de gastos com salários, entre outras obrigações.
Dívidas
Segundo o Relatório Convocados Galapagos 2024, feito a partir do balanço dos principais clubes brasileiros, o São Paulo terminou o ano passado com uma dívida líquida de R$ 856 milhões. Desse montante, os débitos bancários representavam R$ 226 milhões. Há ainda dívidas operacionais (R$ 376 milhões) e impostos e acordos (R$ 258 milhões).